darwin é meu pastor

ontem ficamos mais de 1h conversando com uma amiga que se mudou para a alemanha. ela casou e está grávida de quatro meses, e nos contava como funciona o mundo da gravidez por aqueles lados.

a primeira coisa que chamou a atenção é que o ginecologista não faz partos, quem faz parto é parteira. ele só acompanha a gravidez, e você escolhe a parteira que vai ajudá-la a parir. a segunda coisa é que a cesariana é um procedimento usado somente em caso de vida ou morte, é última instância mesmo. quando ela contou que aqui no brasil a taxa de cesarianas é de 82% na maior cidade do país os médicos ficaram horrorizados.

não tenho filhos e ainda não estou certa se os terei (alguns dias me parece ótima idéia, outros dias parece idéia de jerico) mas de uma coisa eu tenho certeza: se resolver ser mãe, vou parir meu filho como se deve. a menos que alguma condição extrema me impeça, terei meu filho como a natureza manda e fodam-se os médicos preguiçosos e autoritários.

outro dia estava almoçando, a trabalho, numa mesa com mais 5 mulheres, todas elas mães. o assunto surgiu porque uma conhecida em comum estava grávida, e quase caio da cadeira ao saber que todas elas fizeram cesariana; das 5, só uma “tentou” ter o filho naturalmente, mas depois de 12 horas de contrações o médico disse que ela não conseguiria parir naturalmente e fez a cirurgia.

duas delas afirmaram que optaram pela cirurgia pois não queriam sentir dor. as outras duas ouviram dos seus médicos que parto natural é muito perigoso para a criança e para a mãe, e elas obviamente foram pelo caminho que consideraram mais seguro.

antes de dizer o que eu penso, é importante fazer uma pequena introdução. não sei se vocês sabem, mas essa é uma regra tácita do mundo feminino: se você não é mãe, não tem o direito de ter opinião sobre gravidez, parto, amamentação e criação de crianças. acho isso uma idiotice, mas deixo pra lá. embora não dê minha opinião para grávidas e mães, até porque cada um sabe do seu próprio corpo e dos seus rebentos, continuo tenho minha opinião sobre várias coisas e acho que são relevantes. vou compartilhá-la com vocês, considerando que quem chegou até esse ponto do texto está a fim de saber o que eu penso. se você é do tipo que acha que só pode opinar sobre isso quem pariu, sugiro mudar de blog.

bem, minha vontade era chamar todas da mesa de burras. não porque optaram pela cirurgia pra ter seus filhos, mas porque optaram por pura ignorância. nenhuma delas se deu ao trabalho de procurar uma segunda opinião ou de aproveitar a transformação que é a gravidez para pensar nelas próprias como mulheres, da importância do processo natural de nascer. ficou claro pra mim que elas entregaram nas mãos dos médicos a responsabilidade por um processo que era delas, e não deles! elas todas falavam do parto como quem fala da revisão do carro, como uma atividade mecanizada, pasteurizada, com hora marcada e assistência de especialistas. como se elas fossem pouco mais que incubadeiras!

essa reflexão toda me leva sempre de volta à seguinte pergunta: por que as pessoas resistem tanto em admitir que são animais? caramba, a menos que você seja criacionista convicto, não parece obviamente mais seguro e normal que um processo fisiológico como o parto seja realizado da forma mais primitiva e comandado pela criatura que está parindo em conjunto com o bebê?

não tou dizendo que alguém deva parir de cócoras no chão de terra e cortar o cordão da criança com os dentes, não quero parecer radical. a questão é que a mim parece radical cortar a barriga da mãe e arrancar a criança de lá de dentro na hora que o médico considerar apropriado ou conveniente.

não que os médicos precisem de defesa, mas a culpa não é só deles, convenhamos. há também os casos graves de neurose e hipocondria que acometem algumas pessoas quando o assunto em questão são as funções fisiológicas. pra estes casos, no entanto, não tem muito o que discutir: estamos falando de doença, e contra doença não tem argumento racional que funcione.

para as demais pessoas física, mental e emocionalmente saudáveis, com vontade experimentar a plenitude da experiência de gerar uma vida, há luz no fim do túnel! apesar do cenário tétrico que se vê no brasil a respeito desse assunto, há muita gente fazendo de tudo para que isso mude. graças a algumas amigas me interessei por este assunto que antes de ser exclusivamente relativo a gestantes e mães ou mesmo mulheres é um assunto que diz respeito à experiência de ser humano.

pra quem quiser saber mais, alguns sites legais que falam sobre parto humanizado:

amigas do parto

maternidade ativa

parto do princípio

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  1. Ah, Zel… esse assunto tb me irrita. Muito.

    No dia que minha afilhada nasceu tambem de parto cesarea fiquei indignada porque na maternidade mais “badalada” da zona Sul do Rio de Janeiro o berçario estava vazio. Sabe por quê? Estava havendo um congresso de obstetras no Nordeste e os medicos evitaram marcar partos naquelas semana. Ou seja, os bebes nascem na data queo medico quer e nao na data que tem de ser.

    Nao se faz mais partos normais no Brasil por PREGUICA medica. É muito mais comodo agendar partos e reservar centros cirurgicos do que esperar o chamado da natureza para o nascimento que pode ser a qualquer dia, a qualquer momento.

    Se um dia eu tiver filho (porque por mais que eu ame minha afilhada quando vejo o trabalhao que ela dá eu juro que quase desisto de ser mae hehehe) so vai ser por cesarea se REALMENTE for necessario, questao de saude.

  2. beibe, vc sabe que se eu começo a falar do assunto não acabo nunca mais e espanto seus outros leitores, hehehe, mas quanto mais me aprofundo nesses questionamentos mais me convenço que o problema é mais geral mesmo, de paradigma, e que com a coisa da gravidez e do parto ele só fica um pouco mais evidente: as pessoas não estão querendo segurar seus pepinos nem viver seus processos, o lance é entregar na mão do outro (seja Deus, o papai, o pastor ou o doutor) e se eximir da responsabilidade…

    (o que é uma pena, porque você se livra da ‘parte chata’ mas acaba perdendo as coisas boas junto. Fica tudo meio pasteurizado)

  3. dani, tem toda razão! não tinha pensado por aí, mas é verdade que a grande maioria das pessoas quer mais é se livrar de enfrentar seus fantasmas e, de forma bem simplista, as dificuldades.

    é mais fácil mesmo entregar na mão dos outros…

  4. Moçoilas de plantão… eu fiz parto natural ( e não normal, porque normal é aquele cheio de interveções médicas, como episiotomia, p.ex). Troquei de ginecologista/facastetra há menos de um mês do parto, pois ela teve a capacidade de me dizer que eu havia engordado muito e que a cabeça da minha filha era muito grande e eu não daria conta do parto. Se quiserem detalhes a mais eu conto. Sou de Curitiba e se quiserem dicas pessoalmente, (caso seja seu caso) também dou. Porque eu não acho que durante 9 meses meu corpo se prepara para parir e na hora H vem alguém e simplesmente corta minha barriga e arranca meu bebê.

    Só pra dar um gostinho de quero mais: fui eu mesma quem tirou a bebê de dentro de mim. Foi pra mim que ela olhou pela primeira vez. E foi MUITOO BOMMM!!!

    E é assim que tem que ser 😉

    Bisous

  5. ah, então sou burra e seria muitas outras vezes se tivesse mais que um filho.

    dói pra cacete e quando começaram as contrações perguntei ao médico quantas horas mais ia durar, diante da resposta pedi pra fazer cesariana.

    se posso escolher não sentir dor, prefiro. a vida já é dura o suficiente. nada a ver essas teorias de ser ou não animal. foi cagaço mesmo, que dor mais horrível aquela.

    acho que talvez algumas das minhas gatas também escolheriam, se pudessem, uma anestesia maneira antes e o bebê fresquinho no colo depois.

    dou o maior valor pras mulheres que pariram em casa, a Clarah Averbuck é uma delas e eu acho o máximo, ela encarou zil horas de parto em casa, super leoa. Nem por isso me sinto diminuída ou menos mulher. Já teve um tempo em que essa conversa me afetava, eu me sentia um zero diante das grandes parideiras. faz tempo que não mais. uatafoque. que perda de tempo. cada um sabe de si.

  6. leila, como disse muito bem a dani, que também pariu em casa, cada um escolhe seus caminhos em função dos processos que quer ou não encarar.

    é como eu disse no post: ignorante, pra mim, é que acredita em médico e não procura se informar, tendo essa opção. o seu caso foi outro, que nem vou discutir…

    e quanto às gatas… tenha dó. nenhum animal além de nós evita o que é mais natural. são muito mais inteligentes que nós nesse ponto, inclusive.

  7. zel,

    esse assunto é muito delicado, por todos os motivos que você levantou e até eu morar no Brasil, assinava em baixo em tudo no que você argumentou. Aqui na Suiça rola um esquema mais ao extremo que a Alemanha em relação ao parto natural. Pari natural a princípio por opção, no final, por imposição, porque a minha situação complicada – se quiser mais detalhes dou em off – fisicamente, não cabia em nenhuma daquelas que cabe na lista médica para se fazer cesárea. Foi um trauma esperar 16 dias pós data estimada para induzirem o parto, sofrer as dores na raça sem opção de analgésicos, ver o ritmo cardíaco da minha bêbe ficar alterado porque o parto estava longo, ficar toda lacerada porque o médico resolveu tirá-la com fórceps (isso, esse é um dos recheios do parto natural)e principalmente ver o torcicolo congênito decorrente disso tudo, que tive que tratar depois. Enfim, estou grávida de novo e o meu lema é: parto natural sim, por opção, não imposição do sistema.

    beijos,

    Glau

  8. glau, concordo. e veja: nos casos em que é realmente necessário, não há porque não recorrer a essa opção. mas é isso: quando é necessário, e não para a conveniência (porque dói, porque demora, porque o médico não quer esperar).

    radicalismos são sempre ruins, não importa pra qual lado ele pende. no seu caso aí, pendeu pro parto natural; aqui no brasil é um festival de cesariana, é uma vergonha.

    eu escutei o seguinte de uma mulher que teve seu bebê naturalmente: “eu mal tive tempo de chegar no hospital e o bebê nasceu. meu médico chegou depois e me disse – que horror, você teve um parto digno de ÍNDIO!”

    fala se pode dar CRM pruma criatura dessas?!

    beijo e sorte no próximo 🙂 estarei torcendo!

  9. quando eu trabalhei na secretaria de saúde de vitória no ES e tinha só 17 aninhos(faz um tempinho=))), fiz um curso que a própria prefeitura dava para os funcionários conhecerem mais a respeito da “organização”. e lá fiquei sabendo de uma informação alarmante: os bebês que nasciam nos hospitais particulares da cidade eram todos menores e mais frágeis do que os que nasciam nos hospitais públicos, que incentivavam o parto natural(ou normal… num lembro). isso porque o índice de cesáreas era enooorme nos hospitais particulares e por conveniência os bebês nasciam até antes do tempo normal de gestação. foi quando eu decidi se algum dia eu tivesse filho faria um parto natural.

    e essa coisa de quem não teve filho não pode opinar sempre me incomodou tb. eu sempre tive curiosidade a respeito da gestação. e lembro de uma série na tv cultura sobre gestação e bebês que assisti e fiquei muito impressionada. certa vez, numa roda de mães, eu, idiotinha, fui tentar contestar uma informação de uma delas e toma-lhe na cara: “como vc pode querer saber mais q nós pirralha!”. por isso nunca mais dei pitaco nesse assunto. legal poder falar “um pouquinho” por aqui.

    =***

  10. A parte que eu “mais gosto” dessa história toda, é quando vc ouve falar que o médico não optou pelo parto natural “pq a bacia era muito estreita”. Oras, nunc houve tantas mulheres com bacia estreita como agora.

    Ou seja, a evoluçãoq ue diz que a gente vai se adaptando pra garantir a vida, está caminhando contra nessa questão: as mulheres estão nascendo e desenvolvendo bacias estreitas pra que a proliferação da espécie seja cada vez mais difícil.

    Tenha dó!

    Fato é que em uma hora, dois partos cesáreas podem ser feitos. Um parto natural exige atenção de um obstetra por no mínimo duas horas.

    Falou tudo, Zel!

  11. Zel, esse tema sempre me afetou muito. tive uma filha, a primeira, por meio de parto normal (sem anestesia, mas com uma episio horrível). A segunda, que está com 5 meses, foi cesária, porque estava sentada (eu só faria normal nesse caso com ajuda de um médico muito experiente em partos normais, coisa rara de se encontrar). me preparei para o parto normal desde o início e sofri horrores por casa da cesária, mas hoje lido melhor com a situação. e tem outro lado da moeda também, que não foi falado aqui, mas acho legal trazer para a discussão: parir de parto natural é caro…se eu pudesse pagar um médico nessa linha (sim, eu poderia buscar um outro profissional, até para ouvir outra opinião), mas dependia do plano de saúde e não tinha como bancar isso por fora. há de se tomar cuidado tb com a indústria do parto natural, acessível para uma parcela pequena da população (só de honorários médicos na hora do parto, paga-se em torno de 5.000 reais, fora as consultas mensais). não estou desmerecendo esses profissionais, mas parir seguindo o curso natural deveria ser direito da mãe e do bebê, de forma decente e digna, sem que para isso vc precise dar as calças. então é a questão que envolve outras esferas, de política pública mesmo. pelo SUS a população é incentivada a ter parto normal, mas vai encarar (a minha 1ª filha, aliás, nasceu em hospital público..se eu te contasse o q passei…)

  12. ai Zel, sobre as gatas… não é questão de evitar o natural, tem gatas que cagam e andam para os babies, detestam parir e nem se dão ao trabalho de comer a placenta e cortar o cordão. Já fiz isso eu mesma [sem comer a placenta ;)] um monte de vezes pra salvar os filhotes.

    Os bichos e nós somos muito mais parecidos do que se imagina both ways. falo de gatas por que é com elas que convivo, imagino que isso aconteça um monte no mundo animal.

  13. eu mesma considero a anestesia a melhor invenção da raça humana. a dor me incomoda muito, seja em mim ou no outro. tem mulheres que têm filhos sem sentir dor. legal. elas têm preparo físico para isso. mas escolher sentir dor e se retorcer e gritar por horas sem fim pra colocar a pobre criatura no mundo me parece injusto com o bebê e com a mãe. sei lá. tem gente que não quer anestesia quando é atropelado, está doente, enfim… não sei se é colocar na mão do outro o caminho do próprio destino. pra mim parece uma questão de escolha mesmo, de pendurar o boné onde possa alcançar.

  14. leila, você não precisa se justificar pra ninguém por optar por não sentir dor. o corpo é seu, é seu filho, etc.

    a questão aqui é que há pessoas, como eu, que não concordam com esse tipo de procedimento por este motivo, ponto final. pra mim, cirurgia é só em caso de doença e risco de vida, assim como remédio. francamente, eu acho que quem não tá a fim de parir que não engravide. quem não tá a fim de limpar bunda de criança que não tenha filhos, etc.

    já falei sobre esse assunto aqui no blog: o munfdo está infantilizado demais. mães não precisam mais sentir a dor do parto, não precisam carregar as crianças, não precisam cuidar, tem hordas de gentes pra resolver tudo isso pra elas. de novo, o link com o que disse a dani lá em cima!

    e é isso, porque estou me repetindo.

  15. Eu sei que desisti de explicar a quem vem me perguntar porque tive meus filhos em casa.

    É algo que só uma mulher pode entender. E ou isso toca o coração/alma dela, ou não toca. Não se explica.

    Meu marido sempre sai em minha defesa nestas horas e fala das intervençoes que o bb sofre e que por isso tivemos filhos em casa. Mas a minha verdade não é essa. Eu quis conhecer a dor e a delícia de ser mãe. E ser mãe é tão difícil que sem este rito de iniciação preocupa-me o que eu teria feito com os bebês.

    Concordo com você:

    ” o munfdo está infantilizado demais. mães não precisam mais sentir a dor do parto, não precisam carregar as crianças, não precisam cuidar, tem hordas de gentes pra resolver tudo isso pra elas”

  16. Só mulheres escreveram até agora, mas na qualidade de pai fresco resolvi me manifestar para dizer como funciona um parto nos EUA… aqui também cesariana só acontece em caso de absoluta necessidade. Minha esposa optou por não fazer cursos de parto, mas eu os fiz, pegando 3 fitas de vídeo na biblioteca pública. Ela me proibiu de contar detalhes de como seria o parto, possíveis complicações, treinar respirações, etc. No começo fiquei encucado com isso, mas depois concordei plenamente com a decisão ela: ela preferiu ficar na ignorância até chegar a hora da dor (para quê sofrer antes?), e no momento da dor eu serviria de ajudante. Quando as contrações começaram eu ensinei as técnicas de respiração (Lamaze), que funcionaram bem. Ela agüentou até os 7cm de dilatação sem anestesia, quando as enfermeiras aplicaram a epidural a pedido dela (acho que no Brasil chama-se peridural?). Um cateter fica inserido em sua espinha e apertando um botão a própria mulher pode aumentar um pouquino a dosagem (que é limitada pelo sistema de anestesia, não há perigo de overdose). A partir daí ela não sentiu mais dor nenhuma, e dormimos os dois por umas 5 horas (com enfermeiras checando sua dilatação de hora em hora). Às 5 da manhã chegou o médico dizendo: chegou a hora! Depois de umas dez contrações em 45 minutos, nossa filhinha nasceu e eu tive a imensa emoção de ser o primeiro a pegá-la nas mãos e trazê-la ao mundo, além de é claro cortar o cordão umbilical! Nossa filha em seguida foi colocada sobre o peito da mãe e tomou banho ali mesmo no quarto do hospital. Nunca foi levada a um berçário. Por todo o tempo até sairmos do hospital dois dias depois do nascimento ela esteve conosco no quarto. Quase tão emocionante quanto o nascimento foi a primeira mamada no peito. Chorei de novo… Recomendo muito o parto normal com anestesia! Quanto às contrações que ela teve até chegar aos 7 cm ela diz que doeram menos que as dores que ela teve quando esteve constipada… são como cólicas menstruais (palavras dela, é claro, pois “cólica” pra mim é grego).

    Bom, é claro que a facilidade de ter um filho em parto normal ou não depende muito da estrutura da mãe. Mas 82% de cesarianas me parece uma enorme distorção que acontece no Brasil. Pelo que sei, aqui nos EUA esse número é 25%.

    Beijão,

    Lu

  17. querida zel

    caetano veio ao mundo num parto natural (sem analgesia) com mais intervenções do que desejei devido ao seu tamanho um pouco peculiar (4270k) adicionados à insegurança da parteira. Mas fiquei muito feliz em parir com tudo o que tinha direito, inclusive a dor que eu não considerei simplesmente dor, mas um mecanismo do meu corpo para em parceria com Caetano realizar o trabalho necessário. Esta sempre foi minha vontade quando o assunto era ser mãe e sempre ouvi coisas do tipo: “Até parece, na hora você vai ver”. Mesmo durante a gravidez ouvi muito isso. Agora que caetano nasceu os absurdos pularam para a amamentação, que apesar de recomendada como alimentação exclusiva pela OMS até os seis meses e como parte da alimentação até 2 anos, é vista como negativa. Assim como a cesárea para os obstetras, complementos como NAN, Ninho e etc. são as vedetes para muitos pediatras e mães. Com complemento a criança é mais ‘boazinha’ pois a dificuldade em digerir tal alimento gasta muita energia. Logo, quando caetano abre o berreiro por aí, canso de ouvir: “teu leite não está sendo suficiente, dá uma chuquinha, uma mamadeira…” blergh! Mais uma vez, o animal não serve, os bicos industrializados são o que há de melhor…aiaiai

    Eu? sou mamífera e feliz com caetano.

    bjks querida. amei o post

  18. Elly, q bacana de depoimento!! Vc pode ter acompanhante no parto, mesmo sendo SUS?

    Pois é, o parto é só o capítulo 1, né? Se dependesse dos médicos minha bebê (vai fazer 6 meses dia 21 agora)estava tomando Nan faz tempo. mas eu fiquei firme e ela está forte e linda só com meu peito 🙂

    bjs

  19. em sendo a amiga q mora na alemanha e está grávida, acho q cheguei um pouco tarde (a Zel sabe q nao sou uma ávida leitora de blogs…) mas queria deixar comentários.

    1 – pedir desculpas por nao lembrar da fonte dos 82% (depois q engravidei, comecei a ler tudo q aparecia sobre o assunto e fica tudo meio misturado), mas esclarecer q – pelo q lembro – este número é para a cidade de Sao Paulo.

    2 – para a Sam, mesmo ela já tendo lido e comentado o post da Elly: é possível ter parto natural em Sao Paulo pelas casas de parto do SUS. Uma de minhas melhores amigas teve um lindo bebê em casa há 3 meses, parto natural, com parteira, tudo pela casa de parto, servico maravilhoso segundo ela.

    3 – ao Luis: o admiro muito e que queria q todos os homens do mundo (ou ao menos os alemaes, já q meu marido é alemao) fossem como ele! Ver vídeos e preparar-se para ajudar! Lindo! Aqui no Velho Mundo, especialmente ao norte, as coisas sao um pouco diferentes.

    4 – Zel querida: seguimos conversando sobre o assunto 😉

    beijinhos

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