sobre a auto-estima perdida

muito apropriado para o meu momento atual de vida esse post da denize barros sobre “ser quem se é”.

concordo 100% com ela que a atriz melissa estava linda no seu vestido drapeado, e visivelmente feliz e confortável. que, no fundo, é o que importa.

estou gorda, mais gorda do que nunca estive. e, ironicamente, cercada por todos os lados de mulheres em dieta. mulheres muito — MUITO mesmo — mais magras que eu. neuróticas, chatas, só falam de dieta o dia todo, trocam receitas de dieta, comparam perda de peso, trocam dicas de como não passar fome, reclamam de fome o dia todo, suspiram de desejo de um simples purê de batata ou uma sopinha de macarrão.

e na TV, no cinema, na vida, uma enxurrada de angelinas jolies, anoréxicas, consideradas lindas e perfeitas. modelos, sonho de consumo. adele, linda e jovem, com talento sobrando pra todo lado (irresistível a piada :)), é constantemente lembrada não pelos muitos prêmios ganhos e talento inegável, mas pelo peso. e emagrece, pouco a pouco, porque afinal “é preciso”.

considero seriamente neste momento em que viro os 40 mudar meus hábitos, emagrecer e me tornar mais saudável. muito menos por questões estéticas — porque afinal jamais serei considerada magra nem linda em nenhum padrão, nem me dou ao trabalho — mas porque estou com dificuldade de acompanhar meu filho de 18 meses nas suas (hiper)atividades. e porque comprar roupa é mesmo muito deprimente quando se é gorda.

mas resisto, numa atitude quase punk. por mais que minhas motivações sejam muito minhas e muito simples (em oposição ao “se enquadrar” ou agradar ao marido, mãe, enfim), não quero ser parte dessa horda de mulheres loucas com o próprio peso, cabelos, aparência. por mais que eu saiba que aparência é importante, que a atitude inversa do total desleixo é tão danosa quanto a vaidade sem limites, me identifico com o lado de cá, com a turma de calça rasgada e moicano feito de sabonete barato.

sempre há quem alegue que seja pura e simples preguiça (afinal, gordos são preguiçosos; feios são mal cuidados, desleixados), e em parte pode ser mesmo. uma preguiça imensa de provar algo, de investir na aparência que, de coração, não me faz nem nunca fez tanta falta.

e nem me venham com a ladainha de “é um sacrifício para sentir-se bonita, sentir-se bem consigo mesma”, porque há milhares de pessoas lindas e perfeitas no mundo absolutamente infelizes consigo mesmas, com sua aparência. continuamente em dieta e tratamentos estéticos, comprando loucamente roupas e sapatos e acessórios, carros e barcos e infelizes. porque o lóbulo da orelha direito está flácido, por causa de um espectro de celulite ou… enfim.

mas tudo estaria mais ou menos bem se não houvesse a patrulha, explicando o que pode e não pode, como pode, porque pode, deve ou não deve. em outras palavras, tudo seria mais fácil se cada um cuidasse da sua própria vida. não sei quantas vezes ouvi da minha mãe coisas como “olha, ouvi falar de uma dieta ÓTIMA…”, e do meu pai o constante “ah, seu cabelo é tão bonito, por que não deixa crescer, cabelo comprido é mais bonito”. creio que sempre falaram com a melhor das intenções, mas… caramba. todas as pessoas precisam ser magras de cabelos ao vento, sedosos e lisos. né?

well, e se fossem só meus pais, dava para administrar, deixar pra lá. mas é, repito, uma horda. estou cercada por todos os lados. e resisto, me debato, e adio o momento inevitável de finalmente sucumbir e me enquadrar. mesmo que não seja pelos mesmos motivos, me sinto como tentada a ir para o lado negro da força.

um dia volto aqui com notícias dessa minha batalha inglória — além de não ser nada fácil tornar-se mais leve e saudável, ainda tenho essa angústia de me transformar nesse tipo de mulher que acho chata de marré-marré-marré.

mas prometo que no momento em que engatar minha primeira nessa ladeira tratarei de tudo com meu usual bom humor. quem sabe consigo mudar E evitar esse caminho que tanto detesto. e continuar sendo eu mesma, ainda que em outro patamar de peso.

 

PS-1: a propósito, visitei uma endócrino há 2 ou 3 meses, pra fazer uma “geral”. ela me examinou, pesou, mediu e escarafunchou. e me disse bem calmamente — se quiser emagrecer, emagreça, e posso ajudar. mas NÃO PRECISA. você está absolutamente saudável, parabéns. o título ali no post não é à toa.

PS-2: e prefiro mil vezes ser gorda a me transformar nessas mulheres que precisam tomar remédio pra fazer cocô. acredite ou não, as 2 coisas estão 100% relacionadas (dieta/neurose com aparência e o cocô-ausente :D)

33 comments to “sobre a auto-estima perdida”
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  1. Linda e querida. Texto ótimo de moça ótima. Outros tempos, fora de forma é estar fora da forma. Me nego a seguir a banda. Comer, viver, ser feliz. Coloco meu short que não fecha e vou surfar. Não gosta? Não me olhe. To com a endocrino: se quiser, faça. Mas precisar, não precisa. Mas do seu lado para o que escolher para você. Beijo bom!

    • querido — admiro demais seu estilo, sua auto-estima ótima em relação ao seu corpo, seu “eu”. a gente sente isso quando se relaciona contigo, e é contagiante, lindo de ver. meu drama é que gostaria de mudar algumas coisas, mas sem me tornar mala sem alça como a maior parte das mulheres que conheço. tão centradas em PARECER que esquecem de SER. beijo!

  2. Zel, quando cheguei aos meus 40 também me sentia realmente cansada,tinha algum sobrepeso mas o que me castigava realmente era a minha vida sedentária.O fato de não me movimentar,de não exigir mais de meu corpo,me estava realmente enferrujando. Acho que conforme vem a idade com ela chega a necessidade de nos colocarmos mais em movimento, afinal,nosso corpo é máquina e há que trabalhar nossas estruturas físicas. Sempre odiei academia com todas as minhas forças , sempre achei ridículo clima de academia e tudo que há por trás. Decidi a época escolher uma atividade física que realmente gostasse,não consigo dissociar atividade física de prazer ou seria um inferno para mim! Quanto a emagrecer para entrar em padrão e blablabla isto nem se discute, nunca foi meu objetivo, o que queria realmente era me livrar do cansaço. Escolhi dançar,e me dedico a dança do ventre. A mudança foi realmente radical, este ano faço 45 em junho, e a energia e flexibilidade que tenho hoje não tinha nem em sonho aos 40! Acredito que o corpo sinaliza o cansaço,em épocas distintas da vida,e cada um sente do seu jeito. O lance é que se o cansaço chega e se instala enquanto estamos relativamente jovens,que é o nosso caso, é sempre bom tentar reverter isto de alguma forma, ao menos,comigo,aconteceu assim.Beijo para ti!

    • querida, que coisa boa ouvir histórias parecidas, fico mais tranquila em saber que o esforço compensa, que é possível mudar (dá um medo de não dar mais, sabe? acho que tem muito das histórias que “depois de velha não adianta mais”). parabéns pela sua iniciativa e obrigada pela força. BEIJO!

  3. Ivanise, 🙂 vc parece tão feliz desse jeito … que mudar a aparência não é tudo, eu acredito que como vc disse existem mulheres lindas p fora e infelizes p dentro, sou magra, mas tbm tem um lado ruim de comprar roupas não acho tenho sempre que ir muitas vezes no artigo juvenil, kkkk eu com 39 anos ….mas só short mesmo que procuro rsss, bom eu sempre quis engordar a adolescência não usava nem short , tinha vergonha das pernas palito…. hj nem ligo porém o difícil é arrumar roupas ficam todas grandes, sou magra né kkkkkk meu metabolismo é hiper acelerado, como e adoro comida, não ligo muito p doces, a não ser um chocolate, doce de leite… prefiro salgados, mas o que eu queria falar mesmo se vc ta com a saúde ótima, isso sim é mais importante, estria …celulite, tbm tenho ….barriguinha tenho, magras tem tbm, mas nem ligo … p ser sincera eu prefiro ser feliz !! E isso ninguém tira da gente a nossa felicidades, opiniões todo mundo quer dar, não se torture p essas coisas …. seja feliz e vc é 🙂
    entre nas brincadeiras do Otto que vc vai se exercitar muito , eu não ligo muito p salão e horas de beleza eu quero mais é ser feliz !!!Ando de carrinho de rolleman, e brinco com as cçs e vamos assim sendo felizes bjs no seu coração te admiro de montão bjsss
    😀

  4. zel, apesar de eu mesma estar tentando emagrecer, acho que seu texto é leitura obrigatória pra todas as mulheres. eu quero emagrecer por mim, quero ficar mais saudável e patinar mais rápido, enquanto vejo gente se matando na academia pra ficar igual a jennifer lopez porque “é assim que homem gosta”. isso é um absurdo! desde quando tornou-se crime ser feliz sendo quem se é, com o peso cabelo cor ou credo que for?

    • essa questão de “o que homem gosta” é um terror. até porque viver pautado pelo que o outro gosta, assim, 100%, é muito triste. acho inevitável se preocupar com o que os outros acham, mas deixar isso direcionar a vida… credo 🙂

  5. Sou dispersa… não costumo ler muita coisa do começo ao fim (eu sei…), mas esse aqui li e reli… sabe aqueles textos que ‘você’ (eu) queria ter escrito? Bem esse é um deles.
    Minha grande questão agora que virei o cabo da boa esperança, e to só na ruim, é com a saúde… o visual eu até gostaria de me preocupar mais, mas…
    Adorei Zel… adorei mesmo… fiquei com um aperto no coração… me senti parte.

  6. Pingback: baile dos desmascarados – MaWá

  7. Concordo e discordo de você, Zel.
    O sobrepeso é resultado de uma série de coisas erradas que você está fazendo com o corpo. Ingerir alimentos ricos em gordura, comer em grandes quantidades carboidratos e açucar, movimentar pouco o corpo e isso tudo nao tem nada a ver com gente neurotica e maluca para ser magra.
    A neurose entra quando voce nao consegue mais dividir o que é saudavel e o que é necessario.
    Ser magra é sim muito melhor do que ser gorda. Ninguem, eu disse, ninguem, gosta de ser gorda. Ninguem acha bonito nao encontrar roupas ou nao poder usar uma saia no calor. Quem afirma ‘ai sou gorda e tudo bem’ esta só se enganando.
    É comprovado que não tem como nos sentirmos bem se nao liberarmos endorfina, ou seja, é preciso movimentar o corpo. Nao existe saúde se nao nos alimentarmos direito, sem ultrapassar o que o corpo precisa.
    O gordo se acomoda no que ele é e procura mil motivos para justificar o fato de ser assim. So existe um motivo, ir alem do que se pode. E nao so para o gordo, a magra tambem. Quantas meninas estao quase morrendo por quererem ser magras? Existe um equilibrio aí.

    • ana, a questão do post não é ser ou não gordo, gostar disso ou não. acho que isso é individual, não cabe a ninguém (a não ser à própria pessoa) julgar o assunto. talvez a um médico caiba, como questão de saúde. a minha, por exemplo, me disse que estou ótima, e ela não vê motivo para uma dieta, veja que coisa. apesar do meu incômodo comigo mesma.

      mas me chama a atenção o preconceito na sua fala: “o gordo se acomoda no que ele é e procura mil motivos para justificar o fato de ser assim”. “o gordo”? tem certeza? minha experiência de vida diz que TODOS OS SERES HUMANOS são assim. gordos, mal-educados, pessimistas, deprimidos, neuróticos, obsessivos, e a lista vai embora até o final da vida.

      meu post não trata de ser gordo ou magro, saudável ou doente, mas da PATRULHA e de SER QUEM SE É. algumas pessoas são mais magras/gordas que outras, ponto. algumas pessoas têm cabelos lisos, outras têm cachos. por que todas precisam ser magras de cabelos longos e lisos (e brancas, a propósito)? e se você não percebeu que a cobrança existe, provavelmente é branca, magra, de cabelos lisos. seja porque esse é seu biotipo, seja porque se enquadrou (e internalizou o padrão como CERTO).

      seu ponto sobre “ninguém gosta de ser gordo” pode até ser verdade, mas vou além: do que cada um está disposto a abrir mão para ser magro. algumas pessoas dão tamanha importância a isso que SOFREM (às vezes pelo resto da vida) para serem magros. cada um escolhe do que quer abrir mão. novamente, meu ponto é: o que exatamente estou escolhendo? essa escolha é REAL e MINHA ou é pressão do meio, da “horda”?

      posso estar enganada, mas desconfio que você faz parte da “horda” 🙂 e se isso a faz feliz, que assim seja. só não patrulhe a vida alheia.

      abraços!

    • reparei em outra coisinha no seu texto, que é tão significativa que não gostaria que passasse em branco: quem é gorda “não pode usar saia no calor”!

      verdade? 🙂 quem disse, hein?

      é opção da gorda em questão usar saia, biquíni, sei lá. por mais que tenha quem ache ridículo, incômodo, feio. como disse o felipe ali em cima: não gostou, não olhe…

  8. Taqueuspa, Zel. Penso tão parecido contigo que dá até medo… Estou toreando essa neura do peso desde os meus vinte e poucos. Faço exercício, gosto de correr, mas meu biotipo é mamma italiana (leia-se, da cintur pra baixo é tudo um exagero). Tenho que viver com isso. Engordei 18 kg na gravidez (inchaço total, parecia um balão). Pois: perdi os ditos 18 kg amamentando, e tem rádiopatrulha com a sirene ligada na minha orelha 24/7 dizendo que tenho que emagrecer mais ainda. Ora, pros diabos: tô me achando linda no momento. Tá bom, né?

    • hahahahhaha, anna! pô, tá bom é DEMAIS né. e se achar linda é que vale, deixa o povo falar. parabéns por perder o peso e por manter! perdi 13kg amamentando (ganhei 6kg na gravidez toda!) mas… ganhei tudo de novo, CLARO 😀 beijoca.

  9. Ó, Zel, to num momento muito parecido com o seu. E acho que me achei, num controle alimentar muuuuuito zen, sem pressa nenhuma e sem muitos numeros associados. E sem neuras. Porque, na boua…. prefiro ser gorda do que ser neurótica.

      • Vixe, não tem segredo não…. 🙂 eu só reduzi a quantidade de tudo que como. Continuo comendo tudo o que gosto, só que em qtdes menores. E sem encanação. Assim, tenho mandado pro espaço uns 500g por semana. As vezes menos, as vezes nada. Mas consegui sair da obesidade sem ficar doida contando calorias, nem abrindo mão de ir a restaurantes (adoro), nem me martirizando. E visto o que gosto. Prefiro ser feliz do que ser magra. Prefiro ser interessante do que ser linda. E prefiro ser eu do que quqlquer outra coisa.

      • Vixe Zel, não tem segredo não… 🙂 . Só reduzi as quantidades. E desliguei as neuras. Chocolate? Sim, um teco do melhor chocolate belga que eu encontrar! Doce? Um mil folhas maravilhoso e bem feito! Tudo que eu tiver vontade, só que menos do que eu comeria normalmente. E pressa? Nenhuma. Não tenho deadline pra entrar no biquininho porque eu entro no biquininho quando eu quiser. Quem não gostar, que não olhe. hehehe

  10. Post fantástico como sempre, Zel! E só pra variar um pouco, me coube perfeitamente.
    Sempre fui gorda, não me enquadro nos chamados padrões de beleza, nasci com uma pálpebra caída. E agora, aos 40, de cabelo quase raspado e toda tatuada, virei a ovelha furta cor da família, todo mundo tem um pitaquinho pra me dar. Só que também tô na pegada punk, só resolvi que tinha que fazer dieta quando a diabetes apareceu e o cabelo, ah esse aí, quando todo mundo começou a achar gracinha demais ele curtíssimo, o que eu fiz? Resolvi deixar crescer e let the people talk!!!
    Beijos pra você e mordidas no Otto, por favor!

  11. Ah Zel, deixa de ser chata feia boba xixi cocô e deixa o cabelo crescer.

    Pois é, eu tb to no activia com johnny walker para esses “padroes sociais”, mas eu comecei a me preocupar com alimentacao e exercicios fisicos qdo eu percebi que estava com 30 anos de idade e ja ficava sem ar ao subir uma escada.

  12. Dos 6 aos 18 anos eu fui bailarina da Fernanda Chamma, dava aulas, dançava de terça a sábado, das 14:00 as 23:00, com uma hora pra comer alguma coisa e tomar um banho e muitas vezes eu ignorava essa hora e ia levantar peso na academia. Tempos bons, vivia pelo corpo, ser muito magra era obrigação pra poder apresentar. E com isso me entupi de remédios, fiz todos os tipos de dietas imagináveis, dieta da proteína, do abacaxi e do limão (ganhei uma bela gastrite), da sopa, da sopa de cebola… Graças a isso tudo ganhei anorexia, bulemia e fiquei dependente de anfetaminas. Resultado, um ano de tratamento com psiquiatra, nutrologo, a desintoxicação foi horrível, quase morri e perdi minha carreira. Hoje com 26 anos, 60 kg (pesava 43 kg quando dançava), descobri que meu corpo não era pra ser magro daquele jeito, e tb não tão redondinho como está. Esses dias olhei no espelho e não gostei do que vi, procurei uma nutricionista, quero perder pelo menos 5 kg e voltar a ter pelo menos 50% do preparo físico que tinha antes. Ela cortou algumas coisas, me passou o famoso óleo de coco (que seu famoso milagre e fazer o intestino funcionar muuuuuito bem) e fazer alguma atividade física. Estou fazendo uma hora e meia de caminhada, tres vezes por semana e hidroginastica. As primeiras semanas foram dificeis, só que o organismo acostuma com o tempo. E em 3 semanas, já se foi o primeiro kg…
    Procure fazer algo saudável, que não exija loucuras, que não te deixe neurótica e que possa ser mantido sem sacrificios. Boa sorte!!!

  13. Zel,
    Uma historia comum: comecei minha vida de dieta aos 14 anos, com bolinhas que me fizeram emagrecer 6kg em um mes. Magica! Nunca contei quanto emagreci e engordei ao longo desses 22 anos de fome e gula, mas eu variava de 58kg a 85kg. Uma sanfona humana, que deixou inumeras vezes de ir a praia com panico so de pensar no momento de tirar o biquini.
    Por ironia do destino, com 36 anos me mudei para o litoral bahiano. Minha vida ficou centrada na beira do mar, de BIQUINI! E a praia aqui nao e so diversao, ela e caminho para a vila, caminho da escola, tem um pier de chegada e partida. Quer dizer, todo mundo se ve na praia. O pedreiro, o dono do mercado, a professora, o amigo do marido, o medico. Nao tem como separar o seu eu de roupa e seu eu quase nu. Foi um confronto, eu nao tinha como me esconder dessa vez.
    Enfim, cheguei quase pedindo desculpas pelo corpinho branco, gordo e meio flacido, mas fui desencanando aos poucos. Esqueci da palavra regime e comprei uma bicicleta. Em 18 meses ja tinha perdido 15kg da forma mais natural possivel, mas a maresia comeu minha bicicleta. E dai eu parei de emagrecer. Aha, finalmente a formula do sucesso, essa semana a bike nova fica pronta. So lamento ter perdido parte da minha juventude com essa besteira.
    Bj
    Alessandra
    (teclado sem acentos!)

  14. Oi Zel! Eu amo, amo, amo comer e sempre tive um peso bem bom, mas chegando nos 30 o metabolismo deu uma desacelerada e ganhei quase 7kg. É pouco, claro, mas faz diferença. Eu não tolero dietas! Já como muito saudavelmente – soja, verduras, frutas – e vi que para emagrecer sem fechar muito a boca, só com exercício mesmo. Faço Pilates 2x por semana (amo, dei adeus às dores na coluna e estou mais durinha) e há quase um mês comecei a correr 2 x na semana com um grupo num parque perto de casa. Tudo isso antes do trabalho, onde posso chegar no máximo umas 9h30. Claro que o fato de eu ainda não ter filhos ajuda a encaixar tudo isso na agenda, mas acho que dá para manter o ritmo com algumas escolhas. Eu não amo exercício, mas amo tanto uma boa mesa que topo fazer essa forcinha para pode comer quanta guacamole e quanto brigadeiro (Le Chef Gatô, bien sûr…) eu quiser. Assim que peguei firme no Pilates mandei 1kg embora em 1 mês, agora com 1 mês de corrida mais 1kg foi embora…acho que consigo eliminar mais quando puder correr num ritmo mais forte, agora estou em fase de adaptação, só andando e trotando. Se eu estivesse de dieta teria emagrecido o dobro, mas não farei isso enquanto não for por ordens médicas 🙂

    beijos,

    Bruna

    • pilates é tudo de bom, né? eu pratico ioga há vários anos, mas parei depois do otto nascer, pois não tenho disciplina de praticar sozinha e os horários são cruéis. não consigo abrir mão de descansar (ou de ficar com o otto) pra ir pra aula. mas é uma equação que preciso resolver, né? escolhas que preciso fazer. um beijo!

  15. Estou lendo só hoje e adorei demais o texto e a atitude, pois é um pouco a minha também. Eu estou pesando mais do que nunca pesei, Zel, e tudo bem não estou no IMC 28301 e sim acabando de passar o ideal que é 25 😀 Mas eu já fui muito magra, só que nem lembro como era, pois agora por mais que a calça seja 44 e esteja já apertada, por mais que lingerie só GG, eu me acho melhor, como pessoa, até mais bonita, do que era sei lá quanto tempo faz. Porque é uma coisa que eu conquistei, me amar, que foi uma luta só minha, e não passou por estética. Dá um pouco de raiva entrar no provador e me ver em muitos espelhos e a calça não passar da coxa, mas passa. Eu saio da li sem comprar e me afundo num pão de queijo. Em mais de um. Beijo.

  16. Pingback: Sobre a auto-estima encontrada – ou comentando Zel e Denize – lenta caminhada

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