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FEEDBACK – Parte 7 e última

[Este post é parte de uma série numerada. Para ver todos, clique aqui. Para ler o anterior, clique aqui]

 

AH, TÁ: É FÁCIL!

Ha-Há-Ha! Não.

Eu sei: é difícil. Ver o bom do outro não é fácil (mesmo quando adoramos o outro), seja pelo tamanho do nosso ego ou pela tendência em perceber defeitos enquanto as qualidades não são “mais que obrigação”. A conversa sobre lentes e vieses cabe muito bem aqui – pra quem passou uma vida toda sendo cobrada (e se cobrando) para ser nada menos que excelente, os acertos dos outros são triviais e não merecem nada mais que um OK.

Também não é fácil ser direto, especialmente na nossa cultura. Somos cheios de dedos, ser direto é considerado defeito, especialmente para mulheres. Mulheres diretas são “mandonas”, enquanto os homens são “líderes natos”. Creiam, eu sei bem 🙂 E há o medo da rejeição, da retaliação, do não.

É doloroso às vezes olhar pra si mesmo sem maquiagem, sem fantasia, e entender o que nos move com honestidade e (por que não?) amor, admitindo que temos preconceitos, limites, entraves.

Mas acho que vale a pena fazer o exercício de olhar para si mesmo e para outro com mais generosidade, lembrar que somos humanos, com falhas e que não erramos de propósito. Lembrar que limitações e comportamento não são equivalentes a caráter, e repetir como um mantra que não é OK julgar e categorizar as pessoas, e mais que tudo, acreditar que todas as pessoas são capazes de mudar (nós mesmos inclusos!).

Dar feedback, pra mim, é isso: olhar pra mim mesma primeiro, e então abrir meu coração, crendo que as pessoas são capazes de ser melhores, e que eu posso ajudá-las com isso simplesmente sendo honesta e aberta.

Tente. Nem sempre vai dar certo, mas vale muito a pena e você também vai aprender. <3

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