baby steps, pra sempre

No começo desse ano decidi ir a uma nutricionista, já que dieta não é algo que estou disposta a fazer mais (até porque não funciona. Emagreço um monte e depois engordo de novo) e meu corpo não me agrada do jeito que está. Pedi uma indicação e cheguei à Carol do blog “O corpo é meu”.

 

Fiz um acompanhamento quinzenal por 3 meses, com diário detalhado da minha alimentação. Conclusão: ela não  mudou NADA do que como normalmente, minha “dieta”.

 

No entanto, ela trouxe um elemento que eu desconhecia, mesmo sendo pró em dieta: ela expôs minha forma de lidar com a comida e com a fome. Percebi que como sem fome, que não sei quando parar de comer.

 

Decidi não me pesar mais, porque o número na balança me deixa ansiosa e triste. Quero mudar meu corpo pra um formato que seja confortável e que me permita movimentar sem esforço. Essa é minha meta. E foi disso que falamos nestes 3 meses; ela me mostrou que o corpo que eu desejo ter é MUITO próximo do que eu já tenho. E que me movimentar mais e estar atenta aos sinais do meu corpo provavelmente é mais importante que mudar minha alimentação.

 

(Estou nesse momento num check-up, aguardando o próximo exame. Tive que me pesar e dizer o peso pra enfermeira. Me sinto péssima. Meus números não “batem”, e no momento só penso que precisaria perder 20kg pra ser “normal”)

 

Estes 3 meses me fizeram perder peso (senti nas roupas), mas 1 mês depois, com menos atenção a como me sinto ao comer, senti o corpo mudar de novo. E não estou me movimentando muito (essa é minha maior barreira no momento, a inércia).

 

Penso cada vez mais que sem atenção a nós mesmos, constantemente, não é possível ser saudável.

 

Me perco nas coisas do dia a dia, e me deixo de lado, vivendo no automático. Como se eu fosse apenas uma engrenagem na grande máquina do mundo. Acho que é urgente trazer mais consciência para o dia a dia, seja para comer, cuidar-se, movimentar-se, conversar com as pessoas. Estar presente.

 

O celular, esse mesmo que serve pra escrever esse texto, me ajuda a desconectar do presente. Me ajuda a ignorar não só os outros ao meu redor, mas a mim mesma.

 

Esse peso que sinto carregando em excesso no meu corpo é consequência da minha desconexão comigo e com o meu entorno.

 

Não sei ainda como mudar, mas estou determinada a voltar aos exercícios de presença que a nutricionista me propôs, de notar o que se passa comigo enquanto me relaciono com mundo, me observar profundamente e (parece um paradoxo, não?) ser mais ativa.

Deixe um comentário