parada do orgulho gay

Eu fui na Parada, e acho que temos que ir mesmo como forma de apoio e resistência, mas confesso que não tive tanto prazer (fora a companhia, que tava maravilhosa!) pelo seguinte:

 

– A sujeira. Chocante a quantidade de lixo no chão, tava no nível de tropeçar nos sacos, inúmeras garrafas de vidro e pets. Uma vergonha. Não consigo conceber as pessoas irem protestar e comemorar por seus direitos e emporcalhar o chão. E um sem número de homens mijando no chão, tipo RIO de urina escorrendo pela calçada. Pessoas vomitando no meio da rua. O que me leva ao próximo item

 

– Muita gente muito bêbada, caindo. Lembrei de Olinda no final do dia. Por mais que eu ache OK bebida como recreação, jamais acharei OK pessoas bebendo de cair no meio da rua.

 

(Tou idosa né? Deve ser isso)

 

– As pessoas em cima dos carros de som ENTEDIADAS. De jeans e camiseta e celular na mão, com cara de “preferia estar vendo NetFlix”. Cara, você tá NA PORRA DO CARRO DE SOM DA PARADA GAY DE SP. Eu não esperava nada menos que um figurino e performance de Priscilla a Rainha do Deserto de você, amiga! Tava pobre, tava uó, com raras exceções.

 

Pra compensar as críticas, escutei do Vi uma coisa muito linda sobre a parada, que vou parafrasear porque ele falou mais bonito mas eu não decorei:

 

“nossa, como é bom se sentir maioria, sentir que está entre os seus, e ter liberdade de ser quem a gente é!”

 

Só isso já vale a Parada existir. Pra que todos ali se reconheçam, se sintam incluídos, enxergados e respeitados.

 

(Menos a gente que é bi, e tá lascado, ninguém nunca vai entender e ficamos ali sendo olhados de lado por todo mundo :D)

 

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