fabricando

o nome da rosa

April 19, 2010 · 13 Comments

ô coisa difícil essa de escolher nomes de pessoas, não? é uma decisão que impacta a criatura pro resto da vida, e na minha opinião até define (ou influencia fortemente) algumas características nossas. eu verdadeiramente acho que o nome que carregamos nos modifica e carrega em si o nosso “vir a ser”, sim. não é à toa que nos ritos mágicos os nomes próprios são importantes.

antes de sequer levar a idéia de ter filhos a sério, morremos de rir com algumas opções de nome. desde os ridículos ajustes de grafia para “enchiquetar” os nomes (vi ontem na net mães que batizaram seus pobres filhos de jhulia marya e wessney) até os problemas de rimas e pronúncia (joão cara de mamão, aRtuR pronunciado com o R do interior de SP, e por aí vai), desfiamos uma série de nomes e descartamos praticamente todos. esse é o problema de pessoas excessivamente criativas: sempre é possível encontrar uma forma de sacanear o próximo…

mas tem aqueles pais desgraçados que nem precisam da ajuda alheia, e colocam nomes do tipo “himen” (he-man), “vaginovúlvica”, “bicicletildes” e “antônimo” dos seus filhos. todos verdadeiros, não inventei não. fora apple e amora, né.

além das barbaridades acima, não gostamos de nomes compostos nem de nomes longos (que afinal acabam virando apelidos) e temos uma preocupação típica da geração globalizada: como o nome será pronunciado em outros idiomas? parece bobagem, mas eu passo por isso todo santo dia: não é simples explicar a pronúncia do meu nome para quem não fala idiomas latinos. em francês, espanhol e italiano até que vai; em inglês, alemão e outros é dose: ivanise, pronunciado ee-vã-nee-zi. amo meu nome, e acho que boa parte do que sou se deve a ele, mas convenhamos: é chato ninguém conseguir falar seu nome.

depois de muita deliberação, dúvida e ranger de dentes, escolhemos: o piolho se chamará otto. se fosse menina, já estava escolhido sem dúvida: olívia. quem sabe nossa menina poderá ainda se chamar assim? 🙂

no entanto, continuaremos a chamá-lo de piolho ou hugolauro, seguindo a tradição chinesa de espantar os maus espíritos antes do nascimento, ok? 🙂

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