fabricando

a primeira doença

May 26, 2011 · 23 Comments

o otto já tinha tido febre (38.5) quando tomou a primeira dose da hexa, com 2 meses, teve também um pouco de catarro (pouco mesmo, não chegou a tampar o nariz nem nada) aos 4 meses, depois de algumas horas de viagem de carro com ar-condicionado ligado, e tomou label aos 2 meses por causa de suspeita de refluxo (melhorou, inclusive). mas doença tipo virose, essa foi a primeira e descobrimos o quanto é ruim ter um bebê doente em casa.

tudo começou com uma febre baixa na sexta-feira que se transformou numa febre de 38.5-39.5 que durou 3 dias inteiros, sem trégua. segundo nossa amiga pediatra, febre de 38.5 é baixa, mas os pais frescos aqui não conseguem ficar tão tranquilos assim, e obviamente apavoramos, fomos pro PS, procuramos outro pediatra (porque o dele não atendeu telefone e nem retornou, falo disso no fim do post).

prefiro sempre não medicar, especialmente se a febre não passar de 38, 38.5, mas ele estava incomodado demais, e ficamos preocupados à noite (e se a febre subir muito e não percebermos?). usamos tylenol, que se mostrou ineficaz para a febre, e a cada 2 ou 3 horas a febre voltava. alternamos com alivium (que foi melhor), e também adotamos de dia o banho morno, e à noite recorremos aos “paninhos úmidos na testa”, aquela coisa de filme. e somente febre, nenhum sintoma.

no final do terceiro dia a febre desapareceu milagrosamente. no quarto dia, o sintoma que faltava para o diagnóstico apareceu: ele encheu de bolinhas, tipo brotoejas (que somem quando pressionamos a pele). ou seja – roséola, doença típica da idade (ele completa 9 meses amanhã), na sua manifestação mais típica. são 3 dias de febre persistente, com bolinhas no quarto dia (que podem durar de 2 a 3 dias) e muita irritação do bebê.

foi muito, muito chato, estressante e preocupante. acho que vai demorar ainda um pouco pra ficarmos mais tranquilos quando ele tiver essas doenças da infância, gripes e etc. mas aprendemos um pouco sobre algumas coisas, e vou aproveitar para compartilhar o que nos foi ensinado pelos médicos que nos apoiaram nestes dias:

– febre é bom, a febre é nossa amiga 🙂 aprendemos que subir a temperatura do corpo é a forma que temos de impedir os vírus/bactérias de se multiplicarem e proliferarem. a recomendação de todos os médicos que consultamos foi a mesma: se a criança não estiver desconfortável (não mudar muito de comportamento), deixe a febre agir;

– quando a febre é preocupante? quando afeta a criança, quando ela fica muito “largada” ou, ao contrário, quando chora muito e reclama. essa é a hora de medicar. se ao medicar a criança volta rapidamente ao normal (ou quase, diante das circustâncias), é porque tudo está bem. quando a criança mesmo medicada ainda continua mal, é hora de se preocupar e procurar ajuda;

– febre que vem juntamente com lesões de pele é motivo para procurar o médico;

– caso seja preciso medicar – sempre sob orientação do pediatra! – , tylenol é a melhor opção para dor (ele é pouco eficaz para febre); alivium é antitérmico mas é também antiinflamatório, e por isso não deve ser usado quando ainda não se sabe a origem da febre (ele pode mascarar outros sintomas); dipirona é o mais eficiente para febre, consulte o pediatra sobre essa possibilidade;

– a tal convulsão febril acontece raramente. leia um interessante relato de médico aqui;

– precisamos encarar a febre, e essas doenças comuns na infância, com mais tranquilidade, pois elas são muito frequentes até os 4-6 anos. essa parte a gente aprendeu só na teoria, porque na prática dá um pavor danado, ai credo!

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bom, e o pediatra, né. as consultas dele são excelentes, nós adoramos o estilo e confiamos na opinião profissional dele. seria perfeito, se atendesse telefone ou se pelo menos retornasse ligações. já é a terceira ou quarta vez que ligamos para tirar dúvidas e pedir orientação e ele não atende e nem retorna. ou seja: vamos mudar. acho que pediatra tem que orientar por telefone, sim, faz parte da profissão. então, vamos ao próximo!

Categories: doenças da infância · saúde