depois da tempestade…

… a segunda-feira amanheceu límpida e azul. eu ainda preciso lembrar de respirar, mas já consigo acordar cedo e tomar meu café na varanda, olhando os passarinhos. o modo stress-constante no qual tenho vivido nos últimos mil anos não é fácil de abandonar, mas estou me esforçando muito.

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no sábado recebemos algumas pessoas em casa para comemorar o aniversário do fer, e fizemos a quarta edição do perupatolinha. algumas coisas a compartilhar:

1) não encontramos um peru grande o suficiente e improvisamos: fizemos um tostex(*) de peru, um em cima e outro embaixo. o bicho tinha 4 asas e 4 coxas, e por algum motivo isso me parece errado. os comensais gostaram, ninguém brigou pelas coxas (que desapareceram)

2) éramos 14 pessoas e sobrou pouco (mesmo). jamais deixo de me impressionar com o poder desse prato!

3) não sobrou nada do recheio, pela primeira vez. fiz adaptações da receita com tranquilidade e o processo agora está 100% under the belt (piada interna) 🙂

4) a sobremesa foram docinhos de festa: brigadeiro, beijinho com uva verde, olho de sogra. as crianças (inclusive as maiores de 20 anos) saltitaram pela casa de felicidade

5) moças e moços queridos lavaram toda a louça. eu sei que ajudar a lavar a louça na casa dos amigos é nada mais que educação, mas nos tempos de hoje isso virou luxo que merece menção honrosa

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o melhor do fim-de-semana, no entanto foi a visita mais que querida do weno e da tati. eles dormiram por lá já na sexta e nos fizeram muito felizes até ontem com sua presença.

eu amo muita gente nesse mundo, mas são muito poucos os que são companhia tão agradável quanto esses dois. foi um fim-de-semana feliz demais!

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minha mãe voltou pra casa dela no sábado e nós ficamos órfãos. não sei se faz sentido pra todo mundo, mas a presença da minha mãe na casa dava uma sensação enorme de segurança, de que tudo daria certo e se ajeitaria. além, é claro, dela realmente resolver tudo que precisa de intervenção.

agora somos dois adultos com uma casa pra cuidar. pa-vor.

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por outro lado, neste domingo tivemos nossa primeira noite sozinhos na casa organizada e funcional. conseguimos soltar os furões – e foi delicioso, eles exploraram tudo e fizeram a maior bagunça -, jogar videogame, improvisar um jantarzinho. aquelas coisas simples que a gente só sente falta quando perde.

estamos, aos poucos, encontrando os caminhos da nossa nova vida. devagar.

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a chuva voltou com força, mas as goteiras desapareceram. ouvimos dizer que a chuva do dia da nossa mudança foi totalmente fora do normal, causou queda de muitas árvores e fez alguns estragos. inundações sem conseqüências drásticas são nosso destino desde o primeiro encontro – casal de peixes legítimo 🙂

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e falando em peixes, no próximo dia 8 completo 36 anos. de novo: pa-vor. não tenho explicação pro medo, por enquanto. acho que vou pensar nisso depois de completar meus 2*18 ou 3*12 ou 4*9 ou 6*6 anos – já tenho muito o que pensar por agora 🙂

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eu ia comentar a aposentadoria (?) do fidel, mas por algum motivo o assunto cuba costuma despertar o pior de algumas pessoas. aí eu fico num dilema: lanço a provocação e confirmo o que há de pior ou fico na moita e evito o dissabor? o problema de evitar desgostos é que, ao mesmo tempo, perdemos os gostos.

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e isso me leva ao assunto “como levar uma vida melhor”, mas fica pro post seguinte.

(*) pra quem não conhece, é uma sanduicheira que vai no fogo, com duas metades que a gente junta em cima e embaixo pra fazer sanduíche. fizemos o mesmo com o peru: um em cima e outro embaixo, com os recheios no meio 🙂

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