porque nem tudo são flores

uma hora ou outra vou ter que contar do desdobramento das coisas, e nenhum dia jamais será bom o suficiente. domingo à noite vai ter que servir.

o piu não sobreviveu para conhecer o local de reabilitação, nós o encontramos morto na sexta-feira à tarde, sem nenhum motivo aparente. a veterinária não tem idéia do que pode ter acontecido, não houve sintomas, avisos, nada. ela tentou nos consolar, dizendo que beija-flores são animaizinhos frágeis e que se o tivéssemos libertado antes, ele teria morrido de fome.

fizemos o que pudemos pra dar uma forcinha pra natureza, mas não foi suficiente, infelizmente.

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internamos a fênix na mesma sexta-feira, ainda pela manhã. ela já não andava mais e parecia ter bastante dor. no sábado passamos 2 horas com ela, acompanhando a sessão de acupuntura e fazendo carinho e companhia. apesar da condição péssima ela ainda comeu muito bem e nos deu muitas lambidas (ela era a única dos nossos que gostava de “beijos”. o pixel só dava “beijos” muito raramente…).

ela se foi na terça-feira de manhã com 5 anos e meio, de repente, enquanto era alimentada pela veterinária. parada respiratória, rápida e fatal. pedimos exames, para entender o que aconteceu, e ela tinha tumor ósseo avançado em várias vértebras e o pulmão já comprometido pelo câncer. ela nunca manifestou nenhum sintoma, tudo aconteceu em 7 dias. rápido, como sempre pedimos a são francisco.

estamos ainda espantados, é difícil acostumar com a ausência desses pequenos diabinhos, eles deixam sempre um grande vazio. ainda mais quando se vão assim, rápido, sequer conseguimos nos preparar.

são agora dois somente: a preta com 5 anos e meio (catarata em um dos olhos, e só por enquanto) e o bob com 6 anos (uma pata na cova e as outras três na casca de banana :)).

sabemos que assim é a vida, e que eles até vivem bastante com a gente, graças aos cuidados todos. mas é triste, é sim.

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vocês pensam que acabou? não. no domingo entre aquela sexta-feira e esta terça-feira, me deparo com um problema de família, seríssimo, envolvendo hospital, internação e a necessidade de ser forte quando tudo que se quer é encontrar alguém que seja forte no lugar da gente.

segunda-feira não trabalhei (felizmente era feriado por aqui) e passei o dia entre médicos, decisões difíceis, enfermeiras e completamente sem chão. tinha um peso no coração que já não sabia mais de onde vinha (e no dia seguinte ainda vinha mais pela frente, mal sabia eu), eram tantas as fontes de tristeza que ficou tudo confuso. e não pude mais visitar minha pequena internada, porque cuidava de humanos que precisavam de mim.

entre mortos e feridos, infelizmente não posso dizer que todos foram salvos. mas pelo menos o problema familiar, uma semana depois, parece estar sob controle.

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sou daquelas pessoas que crêem que nunca recebemos mais problemas do que podemos suportar. sou também daquelas que acham que dificuldades e provações são oportunidades para melhorar e aprender sobre mim mesma.

sou positiva e vou continuar sendo, mas admito que essa semana achei que ia desabar, xingar, culpar alguém, desistir.

mas cá estou. firme como pudim 😉 mas ainda aqui.

ainda bem que o ano começa de novo amanhã. se bem que pela descrição…

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o ano do boi

sentiremos o fardo da responsabilidade demasiadamente pesada para nós este ano. o sucesso não poderá ser conseguido sem esforços conscienciosos. as experiências e os contratempos que o ano do boi traz estarão na ordem do dia. é uma boa altura para se dedicar à casa, às questões domésticas e pôr tudo isso em ordem.

este ano o mote é: “nenhum trabalho, nenhum pagamento!”. o tempo não espera pelo homem; se nós formos preguiçosos e não semearmos, não poderemos acusar os outros por não colhermos nada. nós encontraremos muitas coisas que requerem a nossa atenção, e a lista das necessidades parecerá infinita. a influência do boi será um chicote rachando constantemente as nossas cabeças. é melhor aplicar-se e ser diligente a discutir com as autoridades. o ano do boi favorece a disciplina.

a maioria dos conflitos neste ano serão levantados mais por falta de comunicação e de recusa do que por outra coisa qualquer, por isso seja paciente. tudo será colocado para fora e nós seremos recompensados pelos nossos esforços. este não é tempo para atalhos complicados.

18 comments to “porque nem tudo são flores”
18 comments to “porque nem tudo são flores”
  1. Prezada Zel, boa tarde!

    Vc não me conhece mas sou uma desconhecida que acompanha seu blog e que deseja que vc seja forte neste momento difícil. Envio-lhe o pensamento abaixo assinado por Victor Hugo que diz muito em matéria de força e alegria:

    “Seja como os pássaros que pousam em galhos frágeis e, ao senti-los ceder, eles cantam pois sabem que tem asas!”

    Muita força e fé para vc e conte com meus pensamentos positivos.

    Abraços,

    Vanusa

  2. Zel,

    meus sentimentos pelas perdas… e mta energia boa pros que ficaram!!

    Lembra das gatinhas q eu te pedi ajuda pra doar? Pois foram doadas!!! Eram 4 filhotes q foram doados em duplas!!! =) A mãe ficou com a minha amiga.

    Uma curiosidade, vc pensa em adotar outros ferrets?

    beijo

    Babi

  3. Zel,

    Meus sentimentos, por tudo…. Espero que tudo melhore rápido e você volte ao astral que costuma ter.

    Quanto aos bichinhos, tenho certeza que tiveram aí com vocês a melhor vida que poderiam ter tido em todo o universo… Com certeza partiram desta bem felizes e estão em lugar melhor do que nós.

    Grande beijo!

    Dani

  4. Zel,

    Fazia tempo que eu não passava por aqui, o bebê me ocupa bastante.

    Sinto muito mesmo…câncer é uma coisa que não deveria existir, e vc sabe que eu já senti essa tristeza de doença na própria pele.

    Quando eu li o início deste post fiz um AHHHHHH em voz alta e minha filha perguntou o que foi, e qdo falei, ela disse: AHHHHH o piu piu do tamanho da moeda?

    Ficamos tristes…

    Desejamos que tudo se resolva muito bem na sua família.

    Bjs.

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