tem quem diga que é sorte

ontem, imediatamente antes de socorrer pela última vez o pequeno que se foi, voltei a praticar ioga.

que conste: eu não chamo e não chamarei de “a iôga” nem vou virar vegetariana, não sou fanática por quase nada. por enquanto, ainda acho que moderação é o que há e quero um pouco de quase tudo.

mas vá lá: ioga, pra mim, é quase um milagre. não entendo porque demorei tanto a voltar a praticar, o negócio é poderoso. não posso dizer que já tenha sentido os efeitos de deixar o corpo bonito e definido, simplesmente porque tem muita camada de gordura por aqui há muito tempo, não é de hoje, os meus pobres músculos estão afogados na banha. mas os efeitos emocionais / mentais que ela traz são incríveis e rápidos. bastou uma aula pra eu lembrar porque esse exercício é essencial para a vida.

pois foi justamente ontem antes de chegar em casa – sozinha e cansada, e tive que encarar internar nosso furão – que eu voltei a praticar. estava leve e calma, limpa de todas as emoções negativas e intoxicantes e pude agir com tranquilidade, sem morrer de stress.

sim, é esse o efeito que a prática de ioga tem em mim: faxina mental, emocional e gasto de energia. é muita sorte eu ter voltado justamente nesse dia, não é?

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pois é de sorte que eu queria falar: todos ao meu redor (inclusive eu mesma, às vezes) dizem que eu tenho muita sorte. porque sempre estou bem empregada (quase sempre, né, alexei? :)), ganho bem, tenho namorado/marido, me dou bem com a minha família (aham) e sou feliz.

vamos ignorar o fato das pessoas quase sempre esquecerem todos os meus problemas (que não são poucos) e só perceberem a parte boa da minha vida. é, parece que eu realmente tenho sorte. mas não é sorte não, nananina-não, não são os astros e nem minha maravilhosa lua em sagitário 😉

eu corro atrás. eu me fodo toda (ou fodo os outros, acontece às vezes também) e me desdobro pra entender o que deu errado, o que poderia ter feito melhor. fico cada vez mais atenta aos sinais ao meu redor – sejam meus, do outro ou do universo – e ajo de acordo. eu não me acomodo. eu mudo. eu tento me amar mais, me dar mais valor. eu faço cagada e peço desculpas, eu quero ser melhor e viver num mundo melhor.

e é por isso que as coisas dão certo (quando elas não dão errado :)) – porque eu mereço.

sorte o cacete, eu mereço os pequenos prêmios que a vida me dá.

como ontem, poder estar em paz e tranquila numa situação de dificuldade. publicamente, agradeço a mim mesma por ter dedicado algum tempo pra mim. graças a essa decisão, não me chateei, não irritei meu marido nem minha família e consegui ajudar, na medida do possível, meu querido furão.

boa noite, amigos, sejam felizes. semana que vem tem mais!

10 comments to “tem quem diga que é sorte”
10 comments to “tem quem diga que é sorte”
  1. Ô, Zel, vou ficar aqui na torcida pelo furão…

    Carinho e determinação melhoram qualquer situaçào.

    No mais, é como eu sempre digo, não é sorte, quem nos dera! Com a gente tudo de bom e de ruim acontece o tempo todo, a gente só tem a mania de prestar mais atenção no que é bom.

    beijo e SAUDADONA!

  2. “…sorte o cacete, eu mereço os pequenos prêmios que a vida me dá.”

    Concordo plenamente com você. Se tem alguns prêmios é por que faz por merecer.

    As pessoas ficam sentadinhas esperando cair do céu e dizem na maior: não tenho sorte!

    Lembrei de uma frase: As pessoas olham pingas que tomo, mas não veem os tombos que levo.

    Bom domingo para vocês.

  3. Olha, cê sabe que sou fãzona de “acadmia” e adoro esse negócio de aulas agitadas, música, pesos, músculos, etc e tal. Tudo bem que com isso vem as ostras, as menininhas que vão à “acadmia” por causa dos professores, os acéfalos Pereiras e tudo mais que uma “acadmia” tem direito.

    Faço, pelo menos 1x por semana aula de Balance (um meio ioga) que, na falta do ioga ou do Pilates, supre bem minhas necessidades.

    Eu sempre A-M-E-I aulas agitadas que requerem muita força, mas cedi aos encantos dessas aulas que dão tempo pra gente. Essas aulas fazem a gente refletir durante quase 1 hora, fazem a gente olhar pra dentro e, realmente, a gente entra uma pessoa na aula e sai outra (pelo menos eu).

    Impressionante. Um descarrego na adrenalina (minha amigona de muitos anos), muito importante e útil para pessoas como eu…hehehe

    Fora que cansa e exige um esforço danado não?

  4. oi Zel,

    é tão raro ver pessoas reconhecendo o próprio valor e merecimento! e quando o fazem ainda são tachadas de egoístas. gostei muito do post, fez-me lembrar do tempo que não dedico a mim.

    obrigada e seja feliz você também.

    abraço.

  5. ei zel

    puxa vida, meus pêsames pelo seu furão… meus bichos ainda são jovens e sem nenhum problema. e quando criança não tive bicho, então sou marinheira de primeira viagem. espero encarar bem quando algum deles se for.

    e eu tb não falo yôga de jeito algum! eu falo mesmo é yóóóga. =]]

    mas esse comentário é mesmo pra te agradecer. lembra da gatinha pra quem eu pedi ajuda? arrumou uma casa cheia de amigos felinos e dorme até na cama! tá folgadinha e feliz, ainda bem. muito obrigada mesmo pelo post, a moça que agora é a feliz dona da gatinha é uma leitora gateira do seu blog e me achou por aqui. mas ainda não deu nome pra ela, então pode sugerir!

    muitos “ron-rons” e meows de agradecimento

    fabi

  6. sabe que eu me lembrei do meu pai, que disse que eu tive sorte pelos meus filhos…

    sorte o cacete!!!!

    falar isso é desconsiderar o tanto que nós (eu e maridón) ralamos para criá-los, abrindo mão de tantas outras coisas… eu nem me importo, foi minha ecolha, mas não venha me dizer que foi sorte, foi trabalho duro, que produziu bons resultados!!!

    sorte o caraleo!!!!

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