eu tenho medo

ontem assistimos a um dos documentários do richard dawkins (meu ídolo!) sobre religião e fanatismo. é absolutamente assustador, em um nível que eu não imaginava que poderia ser. o ódio que os fanáticos têm de tudo o que é diferente deles é tão forte que só o discurso parece uma agressão física. fiquei com medo legítimo quando ouvi um muçulmano declarando seu ódio aos judeus, cristãos, ocidentais, todos (basta não ser como ele, enfim). ele prega extermínio, aniquilação completa.

ele mostra também os “cristãos fascistas” dos estados unidos (evangélicos), que chegam a ser hilários na sua arrogância e estupidez, quase nos fazendo esquecer da máquina de guerra que está por trás dos movimentos políticos religiosos.

me deu alívio morar no brasil. com tudo o que nosso país tem que complicado e difícil, o radicalismo religioso não é realidade por aqui. por mais que alguém seja engajado na sua crença, dificilmente será isolado das demais religiões e crenças que nos cercam o tempo todo. aqui, evangélicos usam fitinha do bonfim, judeus jogam flores pra iemanjá. é mais fácil encontrar um radical por futebol que por religião.

estou convencida, dawkins está certo: a fé é inimiga da razão e fonte do mal.

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a denize acabou com a minha vida quando me mandou conferir o twitter da sasha.

não sei o que mais me incomoda:

1) o uso do xingamento “favelado” e “pobre” pra quem a ataca

2) o foco da menina em ter, comprar e poder

3) as pessoas que se dão ao trabalho de perseguir essa infeliz e infernizar a vida dela

os pontos 1 e 2 demonstram claramente a educação e os valores que ela recebe em casa. é lamentável, triste e infelizmente verdade. gente como a família dela deve dividir o mundo entre “nós” (os ricos e famosos) e “eles” (os pobres e desconhecidos). nojento.

o ponto 3 sempre me intrigou e ainda me deixa cismada: o que leva uma pessoa a gastar tempo xingando e perseguindo outra que não conhece?

de novo: muito medo desse mundo, muito medo do cerumano.

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e finalmente, tenho muito medo da penélope.

4 comments to “eu tenho medo”
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  1. Zel, procure um documentário chamado “Religious”, do Bill Maher (comediante americano nos moldes stand up comedy). Através de entrevistas com pessoas de diversas religiões, bem como ex-seguidores, ele nos mostra o quanto o fanatismo é ridículo e absurdo (vai de pastor ex-gay que se diz casado com uma ex-lésbica de uma igreja que prega a conversão dos homoafetivos como se opção sexual fosse doença à “disneyland católica”).

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