nem tão eterno assim

nosso pequeno bob – que apelidamos de mumm-rá, tamanha sua resistência – se foi essa manhã. ele tinha 6 anos e 7 meses, mas parecia ter uns 1000 anos, pobrezinho, de tão judiado. inclusive nem temos fotos dele, eu acho, porque dava aflição de olhar o bichinho…

adotamos o bob em dezembro de 2007, já quase sem pêlos e com 2 cirurgias no currículo: câncer de adrenal e de pâncreas. ele era magrelo, esquisito, andava todo tortinho. achamos que ele não viveria nem um mês, mas ele ainda ficou conosco 1 ano e 5 meses e aprendemos a amá-lo como se tivesse sido sempre nosso.

nos últimos meses ele desenvolveu um tumor muito agressivo e foi operado novamente em fevereiro. a veterinária até agora não sabe como ele sobreviveu à cirurgia (mumm-rá!). cuidamos dele com papinha a cada três horas e remédios a cada 12 há alguns meses, mas mesmo assim ele não se recuperou direito, perdeu peso gradativamente e estava cada vez mais magro e quietinho. parece que o câncer, uma vez que se instala, consome tudo e muito rápido.

ontem quando cheguei em casa, vi que ele não estava nada bem e depois de falar com a veterinária no telefone, fui com ele pro hospital. disse meu adeus, porque sabia que seriam poucas as chances dele voltar pra casa. hoje cedo ele morreu tranquilo, dormindo, e nós agradecemos a são francisco por essa pequena bênção.

o bob era uma peste de furão: briguento e territorialista, ele mordia todos os outros pra dormir onde queria. mas ele era também carinhoso, pedia colo e comida, nos seguia pela casa. vamos sentir sua falta.

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e agora, temos uma ferret que é filha única, a preta. como se não bastasse ela ser a criatura mais dengosa do planeta, agora é só ela. e não quero nem pensar no dia em que ela se for.

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