trivial variado

olha, eu adorei the l word desde o primeiro episódio. é verdade que algumas coisas são tão fantasiosas quanto qualquer série boba, mas os personagens todos são um colírio (homens e mulheres e outros). eu amo a shane e acho a jenny maravilhosa apesar de chatinha.

mas essa segunda temporada eu vou dizer pra vocês: tá muito boa. não pelo impacto inicial de mulheres lindas e sexies e lésbicas (e eu queria tanto ser lésbica, porque acho PODRE de chique e sexy, mas…) mas porque tem a questão da separação do principal casal da série e todas as questões horríveis da separação e da traição. é possível perdoar quem traiu? e os amigos, como ficam quando o casal que se separa é amigo de ambos? e o arrependimento de quem traiu? ah, meu deus, elas cortam meu coração!

mas a cena mais linda de todas dessa série, até hoje, foi a última do último episódio: a shane cortando o cabelo da jenny. foi uma das coisas mais lindas que eu já vi, juro mesmo. mesmo eu, que não sou nem um pouco apegada ao meu cabelo (de qualquer comprimento), sei o que significa pra cada mulher o seu cabelo, o que significa a mudança. muito do nosso cabelo reflete uma mudança interna que nem sempre percebemos, mas às vezes não só percebemos como queremos que os outros percebam. que forma mais óbvia de mudar de vida que cortar o cabelo, mulheres, me digam? 🙂 a cena foi linda, espero que alguém mais tenha visto e possa comentar.

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outra série que eu amo é house. não só porque é bem produzida e porque eu obviamente adoraria qualquer série que trata de solucionar problemas (bem-vindos à minha vida, senhores!) mas porque há situações profissionais que eu acho perfeitas.

o último episódio teve duas questões interessantes: a primeira sobre um casal de lésbicas (acho que o assunto está na moda :D), sendo que a primeira precisa de uma doação de fígado ou morrerá e a segunda é compatível e quer doar. mas eis que descobrimos que a primeira, antes de adoecer, estava prestes a abandonar a segunda, que não sabe de nada. contar ou não contar para a doadora? o desfecho é interessante mas eu não vou estragar 🙂

a segunda questão é entre dois profissionais da equipe do dr house: a mocinha lourinha e politicamente correta médica da equipe escreve um artigo científico sobre um dos casos cabeludos que acompanhou na equipe para ser publicado, mas ela precisa da aprovação do chefe (o mala-mor, doctor house) e deixa na mesa dele, que obviamente não dá a menor bola. seu colega de equipe, negão fudidão, escreve artigo sobre o mesmo assunto (embora com outro viés) e consegue a aprovação do chefe ANTES dela conseguir a aprovação dela e publica o artigo, sem avisá-la. pois que durante o episódio todo vemos uma discussão ética e moral a respeito da atitude dele, e pra não me alongar demais, conto que no final ela procura o colega pra se desculpar pelo seu “surto”, mas pede que ele se desculpe por ter “passado por cima dela”. ele, senhor negão fudidão, responde simplesmente que eles não são amigos, são somente colegas de trabalho, e que ele não fez nada errado e portanto não há motivos para desculpas. se ela se sente ofendida pessoalmente, paciência, ele não se importa.

eu, que sempre antipatizei com o negão, agora virei sua fã. será que um dia as pessoas vão entender que relacionamento profissional não é a mesma coisa que amizade e parar de fazer chantagem emocional pra conseguir o que querem no trabalho?

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não sei se já disse isso (devo ter dito nesses 6 anos, com certeza) que tenho certa antipatia pela elis regina. mas tenho certeza que nunca disse que tenho também certa resistência a milton nascimento. aliás, resisto um pouco à “música mineira” tipo milton, lô borges e afins. acho um saco, pra falar a verdade. mas tem uma música que essa semana me pegou sei lá por onde, não sai da minha cabeça e é realmente maravilhosa: ponta de areia, cantada pela elis no seu disco de 1974. é linda, doce, me faz ficar horas pensando em estradas e colinas. engraçado como canções trazem sentimentos que se misturam com lembranças ou mesmo sonhos, tudo misturado. é bom.

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finalmente, isso me remete a uma das várias coisas que me irritam: por que as pessoas acham que gosto é crítica ou que crítica tem a ver com gosto (no sentido de preferência)? eu realmente não gosto da elis, o que não significa que eu não goste de TUDO que ela já fez; não significa também que eu não aprecie o talento e a carreira dela. a elis foi um grande talento, sim, mas eu não gosto de boa parte do que ela fez, com licença? se eu tivesse a intenção de fazer mesmo uma crítica musical sobre ela ou sobre o que chamei de “música mineira”, usaria argumentos técnicos e não meu gostar como base, tenha dó. aliás, ô coisa sem noção esses críticos que ao invés de fazer crítica fazem apologias ou pichações baseadas no seu gosto ou falta de. o pior é que tem revista que publica! é a lama, é a lama.

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  1. nem li o resto, vim VOANDO comentar. zel, eu to VICIADA nessa série. to com os boxes da primeira e da segunda temporada, e já baixando a terceira. esse seriado é lindo, é inteligente, é engraçado, é foda. eu amo a shane e ela me deixa er… hm… xapralá. a cena da jenny cortando o cabelo foi linda, saiu lagriminha. mas aguarde: em alguns episódios a carmen vai ter uma conversa com a shane e aí você se prepare! é de morrer.

  2. ai bia, nem me fale, que a carmem é TUDO! eu acho essa série realmente incrível, porque traz umas questões bem foda de relacionamento (e que não valem só pra lésbicas não, o que é mais legal ainda)

    e não me conte mais nada, sua monstra 😀

  3. Oi, Zel! Amo, amo amo The L Word! Já vi todas as temporadas até agora (baixei na internet), mas uma das cenas mais bonitas pra mim foi a do domingo retrasado. A Bette tá tão mal com a separação da Tina, sofrendo tanto, que entra na piscina de roupa e tudo e boia! É a entrega total! A devastação…aquela cena me comoveu. Agora, minha paixão pela Shanne é enorme. Adoro a androginia dela, a boca e os valores da personagem. bjos!! E domingo tem mais!

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