Otto tá fazendo perguntas sobre pontuação. Acho tão fofo. “Pra que serve esses 1 pontinhos, mamãe?”.
Pra explicar, por exemplo:
❤❤❤
Otto tá fazendo perguntas sobre pontuação. Acho tão fofo. “Pra que serve esses 1 pontinhos, mamãe?”.
Pra explicar, por exemplo:
❤❤❤
Categories: alfabetização
[fev-2017]
Começou o ensino fundamental e todos sofrem aqui em casa. Fomos orientados a definir regras claras pro Otto pra ajudar a equalizar um pouco o ambiente da escola com o de casa (ou seja — a escola começa a ter regras mais rígidas, e se aqui “pode tudo” fica difícil convencê-lo de que a escola pode ser legal).
O que entendemos é que mais importante que ser rígido / inflexível é que ele entenda que disciplina é parte da vida, seja onde ele estiver. A escola pega leve no 1o ano, mas tem “matérias” e tem tarefas.
Ele tá odiando, claro. E #todassofre.
Ele reclama que as tarefas são muito fáceis, que ele já sabe fazer tudo. E que “ele não é obrigado” (dê autonomia para um cerumaninho e ele agarra com unhas e dentes).
Expliquei que não é questão de “ser obrigado”, mas de estar lá exatamente pra isso: realizar as tarefas com os colegas e com as professoras. A experiência em si, não só o conteúdo. E se manifestar, falar com as professoras e os colegas. Que ele pode questionar e perguntar mas TEM QUE participar.
Chegando em casa, mostrei a grade de atividades da semana. Avisei que tem o intervalo pra brincar, mas que tem também agora outras coisas pra fazer.
Ele me olha bem sério e diz “mas mamãe — toda criança tem o direito de brincar!”
E começa a chorar, abraçado comigo.
**
Alguém faz uma intervenção, por favor, que estamos a um cabelo de pegar o menino e ir morar no mato feito curumim.
💔
**
Update: E não é que a escola é super rígida não, tá? Ele não quer ser dirigido, seguir instruções. Ele questiona TUDO, até porque tem que colocar o nome na folha!!!! 😱
Categories: alfabetização · educação · escola
[1-set-2016]
Bom, houve a mudança de horário, de turma, depois de muito pensarmos e conversarmos com o Otto. Ele afirmou que queria “estudar à tarde e em português”.
A professora dele quase chorou, porque AMA o menino (“ele é incrível!”), e combinou de fazer um piquenique de despedida com a outra turma, que segundo ela estava inconformada com a saída dele. Uma amiguinha mandou uma mensagem pra ele via WhatsApp da mãe, dizendo que estava triste e adorava ele. Fofos, todos eles, ficamos comovidos.
As salas são próximas, e uma parte do horário coincide. Ao chegar ontem na escola pra deixar o Otto, Fernando ficou de olho enquanto ele entrava e viu a seguinte cena: ele, distraído, ao invés de ir pra sala nova, foi pra sala antiga. As crianças, quando viram ele chegando, correram loucamente na direção dele, felizes, “o Otto voltou, o Otto voltou!” e ele, quando se deu conta, saiu correndo de volta pra sala nova, **se esquivando das tentativas de abraço**.
Já administrada a situação, ele esclarece aos amigos da turma anterior, num clima de “circulando”:
“Eu agora TENHO OUTRA EQUIPE.”
Vocês não me perguntem qual é a mágica que essa criança faz pra ser tão amada por todo mundo na escola, mesmo sendo tão mala, porque só pode ser feitiçaria e não fui eu quem fez.
**
Enquanto o mundo tá essa loucura ali fora, aqui no meu microcosmos as coisas tão loucas também: decidimos mudar o Otto de turma na escola, depois de muito pensar (e consultá-lo).
Acordar não naturalmente, antes de 6:30h, é um problema desde que começou na escola. Ele sempre acorda cedo (nunca depois de 8:30, mas quase nunca antes de 6:30), mas levantar e estar PRONTO demora muito mais que dá pra demorar pra sair pra escola. E assim, nossas manhãs são sempre um inferno. Sempre atrasados, sempre brigando, por 4 longos anos.
No último ano ele estava numa escola internacional, das 7:20 às 15h. Tudo em inglês. E chegava em casa esgotado (não física, mas mentalmente), apesar de não reclamar da escola. Logo após as últimas férias — suponho que mais maduro, crescendo — ele começou a pedir: posso sair mais cedo da escola? Eles podem falar português? “Eu queria entender tudo que é pra eu fazer.”
A percepção dele de que estava cansativo e que não estava entendendo como queria (apesar da professora JURAR que ele entende) foi a gota d’água, e resolvemos trocar de horário e de curso. Decidimos manter na mesma escola, pra não radicalizar demais, e observar.
Começamos essa semana. Por enquanto tudo bem, mas… já já conto como foi a transição 🙂 Só pérolas. <3
**
Mas tem mais. Acharam que seria fácil e tranquilo? Não, claro. Ele não quer sair de casa, essa é a grande questão. Então estando na escola ele diz que tá adorando, mas pra sair…
Hoje o Fernando penou pra convencer, mas conseguiu. No carro, já indo, depois de minutos de silêncio ele fala com voz seríssima:
“Você conseguiu me fazer gostar do horário novo da escola… … Parabéns.”
O_o
**
Conversando com a vó Maria Lucia e a tia Paula ele avisa em tom meio “desculpaí, pessoal” que “olha, eu adoro vocês. Mas eu gosto mais da minha mamãe…”
❤️💛💚💙💜
Categories: alfabetização · escola
[22-junho-2013]
2013
O Otto ama letras e números, percebemos quando ele começou a falar. Como ele sabe as letras todas (maiúsculas; as minúsculas ele ainda se perde), andamos na rua e quando tem outdoor escrito ele soletra, ou comenta sobre alguma letra.
Semana passada, no caminho da escola, ele me fala “olha, mamãe, um F de papai!”. E eu, no automático, “não, Otto, é o F de faca. O P é de papai”. Ele muito seguro insistiu no F de papai até eu me lembrar que o papai no caso é o Fernando!
Toma, mamãe 😀
Categories: alfabetização