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May 30, 2014 · Leave a Comment

Brincando com o Otto no banho, ele é o Sully e eu sou o Mike (Monstros SA). Ofereço (Mike) um ouriço do mar de presente pra ele (Sully), e me aparece essa:

Otto/Sully: “vou dar esse ouriço de presente pra minha filha!”
Eu/Mike: (!!!) “legal, e qual é o nome dela?”
Otto/Sully: “é ZEL!”

(Coloque aqui uma poça de purpurina)

**

Otto agora na hora de sair:

“Bom dia, mamãe! Amanhã  (no futuro, não importa quanto tempo) eu vou mandar uma mensagem pra você tá?”

Hahahahaha! 

**

Paramos pra comer uma pizza no meio do caminho, o Otto reclama: “aqui não é Marília! Eu não quero pizza!”

Entramos, pedimos pizza. Ele comeu 2 pedaços (sem fome, tadinho), oFernando pediu a conta. A moça atendendo pergunta “quer sobremesa?”, não queremos.

A moça sai andando e o Otto grita: “PÉRA! Eu quero sobremesa!”. Ela volta, lê o menu e ele grita “OBA!”.

Toma um sorvete do tamanho do mundo e estamos de volta à estrada esperando com fé que tudo continue estável no processador de alimentos sentado ali atrás nas próximas 2h.

Oremos.

**

Para registro: depois de 3 anos e 9 meses, hoje aconteceu pela 1a vez do Otto dormir no sofá enquanto via desenho no youtube (o Fernando dormiu antes, do lado dele).

Agora oficialmente ele é um dos nossos 

**

Diálogos com a figura de 3 anos:


19h, depois de um dia cheio. Chegamos em casa, começou a negociação:

Otto: “posso ver um desenho?”
Nós: “não, amor. Tá escuro, já está tarde, temos que tomar banho, escovar os dentes, colocar pijama…”
Otto: “mas nós PODERÍAMOS ver um desenho antes, não acha uma boa ideia?”
Nós: (hahahhahaha) “não, não é uma boa ideia 

xx

(Otto no banho brincando de barco, eu esperando no quarto)

Otto: “ô mamãe do Ottoooo!”
Eu: “oi, Otto, fala!”
Otto: “aqui é o BARCO, não é o Otto!”

xx

(Banho tomado, prestes a escovar os dentes)

Eu: “quer comer alguma coisa antes de dormir?”
Otto: “posso comer uma fruta?”
Eu: “claro, o que você quer?”
Otto: “um queijo do Wallace, quente!”
Fernando: “ô, fruta dessa eu também vou querer 

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apanhado do facebook: abril

April 30, 2014 · Leave a Comment

A lógica imbatível das crianças 


Fernando: “já demos tchau pra vó Maria Lucia, pra tia Paula e até pro vô Gê. Agora já vamos voltar pra casa, pode dar tchau pra Marília!”

Otto: “não, pra Marília não!”

Fer: ” por que não?”

Otto: “Porque Marília não tem OLHO, papai!”

<3

**

Otto hoje estava insuportável. Chorão, manhoso, reclamando de tudo. Estava já perdendo a paciência, quando chegou o motorista e fui me trocar, avisei ele que estava saindo, e tudo ficou claro: “eu não quero que você vá pro Chile, mamãe” 

Foi a 1a vez que ele reclamou, desde que nasceu. Nunca chorou quando eu saí, e nunca saí escondido. Ele me beijou e abraçou, deu tchau e desejou boa viagem, sem chorar ou reclamar. Mas explicou antes que eu saísse: “eu não gosto que você vá pro Chile”.

Eu também não gosto, pequeno.

Suponho que vocês tenham ouvido daí o barulhinho do meu coração se partindo. <\3

**

Temos um problema de Páscoa: dei pro Otto um coelho de chocolate e ele se recusa a comer, porque “o coelho não quer ficar sem alguma parte, mamãe!”

A sugestão do Fernando é guardar até ele esquecer, e esquartejar o pobre tal que o Otto não reconheça os pedaços e coma sem culpa.

Me pergunto como será quando ele se der conta de onde vêm o salame, o frango, o bife…

**

E hoje logo cedo teve mais um round da mãe-palhaça versus menino-pé-no-chão.


Hoje na entrada da escola teve teatrinho de Páscoa, e eu fui. Mas eu queria fazer uma brincadeira, e decidi prender o cabelo com “orelhinhas”. Fiquei na dúvida entre uma orelhinha toda presa no alto ou prender tipo maria-chiquinha estilo orelhão de cocker. Deixei uma de cada tipo pra ver se o Otto tinha opinião. Ele tinha.

(Fernando me viu de orelhas e riu, claro, como uma pessoa normal)

Eu: “Otto, a mamãe vai fazer orelhas no cabelo pra ir ver o teatro de Páscoa!”

Otto: “mamãe, você já tem duas orelhas!” (ele foi inclusive conferir com as mãos, as duas estavam lá)

Eu: “eu sei, meu amor, mas é de brincadeira. Qual delas você prefere — a pequena ou a grande?”

Otto: “mamãe, eu prefiro sem orelhas.”

Fui sem, né. Fuén.

**

hoje percebemos um problema no delicado equilíbrio familiar: toda sexta (ou véspera de feriado, claro) é dia de pizza aqui em casa, desde que casamos. e a pizza é de 3 sabores: são 2 ou 3 pedaços pra mim (depende da fome), os demais pro Fernando.

só que agora o Otto também quer comer pizza no nosso ritual sagrado, e nós estamos felizes por incluí-lo nessa importante tradição da família paulistana, mas… o menino come TRÊS PEDAÇOS DE PIZZA. sozinho (se desse mais, acho que comia mais).

o Fer está de dieta, portanto. ou teremos que pedir 2 pizzas 

**

Morrendo de rir aqui com Fernando — Otto passou o dia cantarolando “down to earth” do Peter Gabriel (ele ama Wall-e, lembrem), mas do jeito dele, já que não fala inglês, né. SUPER gozado (filmei, depois subo).

Acabamos de vir conferir o menino, que cantava DORMINDO a música!

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Hahahhahahaha (morrendo de rir) do Otto:

— “TRIIIM-TRIIIM!”
(Pega uma embalagem de brilho labial que estava em cima da pia e coloca NO OUVIDO, à guisa de telefone)
— “Alô, controle de pragas! Como posso ajudá-lo?”

x


DESSE JEITO. Um patrocínio de Wallace & Gromit n’A batalha dos vegetais! 😀

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Não acho que encontrar crianças que gostem de vegetais seja uma missão impossível, conheço várias. E cada vez mais acho que os primeiros meses de alimentação são essenciais para “moldar” a relação da criança com a comida.

(Lembrando que pais neuróticos com alimentação ou cheio de restrições eles mesmos = … Adivinha?)

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levamos (significa — o Fernando levou, eu só agendei :D) o Otto no dentista pela 1a vez esse ano, com 3a7m. morríamos de medo, porque ele é daquele jeito, né (“NÃO ME PEGA!”). na 1a visita ele obviamente soltou um “NÃO ME PEGA” pra pobre dentista, mas logo ficou amigo dela e amou a cadeira cheia de funções. incrivelmente ele já deixou olhar os dentes todos na 1a vez, e pra nossa tranquilidade está tudo ótimo, só precisava mesmo limpar, já que aparentemente nem a escovação nem a pasta-placebo da Weleda estão dando conta.

ele voltou então pra limpeza, e depois de inspecionar TODO o equipamento, ficou encucado com a água que sai do caninho: “mas de ONDE vem essa água?” perguntou pra dentista, encantada com a lógica do menino analítico.

também aproveitamos pra perguntar sobre o uso da chupeta (ele ainda usa pra dormir, somente), e pelo menos nele não teve efeito absolutamente nenhum: nenhuma alteração, tudo perfeito.

agora é planejar pra tirar de vez, ainda esse ano. ele não é exatamente dependente da chupeta (dorme sem, às vezes esquece de pedir), mas tem um relacionamento ali… e do jeito que ele sempre foi chato pra dormir, morremos de medo de mudar qualquer coisinha na rotina.

a ver. vamos lá pra mais uma mudança 

(mas pelo menos os dentes estão perfeitos. segundo a dentista, o fato de não comer doces quase nunca, se alimentar bem e escovar pelo menos 2x/dia é o segredo. e olha que ele tem dentinhos desde 5 meses e meio!)

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Otto: “Mamãe, você sabia que ontem eu fiz cocô no chão?”
Eu: (PAVOR) “Não! Mas onde foi?”
Otto: (rindo) “No chão da sala de brincar!”
Eu e Fernando: (AHHH! <o>) “Que sala de brincar?!”
Otto: “A da tia Kelly! Mas foi muito mais ontem!”

3a7m, aprendendo a posicionar fatos no tempo.

(Em tempo: Ufa.)

**

Eu não sei onde o Otto aprende essas coisas, sério. Hoje passei na saída da escola dele pra dar um beijo (estava indo pra Valinhos), ele ficou todo feliz. Aí expliquei que ia embora, até mais tarde, beijo e “Tchau, amor!”. Estava saindo e ele me solta essa: “Tchau nada, vem aqui!”. Assim, bem mandão (como sempre, né, Kelly?)

Pior que eu voltei  #mãemole

**

Descobri uma coisa que eu odeio mais que acordar cedo — acordar o Otto cedo.

O menino acorda devagar, e gosta de dormir até umas 8h (isso porque vai dormir normalmente às 20h). O processo é lento e doloroso. Além de não ter ideia de quando vamos ensinar o rapazinho a se vestir, porque se fosse depender disso pra sair de manhã teríamos que acordar às 5h pra sair 7:30h.

Se naquela época de bebê pequeno alguém me dissesse que eu ia preferir ele acordando às 6h a ter que acordá-lo, eu teria rido. (E eu preferiria)

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Ensinando pro Otto a respeitar o NÃO alheio, o que o outro gosta / não gosta, o limite físico do outro, o desejo de não querer alguma coisa.

Como é difícil! Porque a única coisa que recebemos em troca ao abrir mão do nosso desejo é a apreciação do outro. Mas isso também é tanto, e tão grande. Quero que ele perceba, logo que possível. Mas o mundo-umbigo dele ainda não permite, acho.

E enquanto isso ele chora e me explica que “quando alguém fala que não quer uma coisa, mas EU QUERO uma coisa!”.

É bonito ver um humano se formar, mas aprender a escolher dói. A gente acostuma, mas dói.

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December 26, 2013 · Leave a Comment

E aí que o Otto ganhou de Natal uma bicicleta (“UMA MOTO!” ♥), eu ganhei uma lomo e o Fer ganhou uma miniatura do US-P40 (Pearl Harbor, 1941). E o Otto gostou da bike mas gostou MUITO MAIS dos nossos presentes 

Vamos ter que esconder, pode?!

**

Estava eu tomando banho hoje cedo, e o Otto aparece com uma colher de pau na mão e bate (forte) na porta do box pra chamar minha atenção.

Eu, P da vida, abro a porta e grito com ele: “OTTO! Não pode bater nas portas e janelas, o vidro pode quebrar e machucar você!”

Ele, mui calmamente responde: “eu não escuto e não entendo quando você grita, tá, mamãe?”. E sai.

TOMA.

#orgulho

**

Estava vestindo o Otto antes de sair e expliquei que a gente estava indo pra Marília, pro Natal na casa da vovó.

Eu: “tá com saudade da vovó e do vovô?”
Otto: “tou com saudade. E da minha Paula também! Eu vou ABRAÇAR elas quando chegar lá!” (CAPS dele mesmo, tamanha a intensidade)

**

Ser pai deve ser difícil, eu admito. Otto chora dormindo, o Fer  vai consolar e o menino avisa: “mas eu tou chamando A MINHA MAMÃE!”.

E lá vou eu…

**

Enquanto eu respondia emails e lia e escrevia aqui no FB a quiança via Wall-e pela milionésima vez e COMIA UM CARIMBO AZUL.

E eu comprei o carimbo tão feliz, pra carimbar os postaizinhos que vou mandar pra vocês! Era uma pipa…

Menino tá com a boca e mãos azuis (nem olhei os dentes). Dei leite (será lenda que ajuda quando comemos coisas inapropriadas?), dei bronca, lavei a boca com sabão (só fora, pô).

Aí ele diz “desculpa, eu não queria ter comido seu CACHIMBO”, e pede uma cenoura.

Como não amar?
<3

Quando eu disse que o Otto comeu o carimbo, não é que ele colocou na boca; ele MASTIGOU e ENGOLIU a parte do carimbo que tinha tinta. Era uma camada porosa, tipo giz.

Já elvis.

**

Domingo na casa da Cle o Otto começou a desenhar, fez um A gigante, que eu achei que era uma nave, sei lá, perguntei o que era. “Um A-zão, mamãe”. E fez um A pequeno. E um I. Perguntei de novo “o que é isso que você desenhou, Otto?”. “Eu escrevi pApAI, olha!”

=O

Da direita pra esquerda, como sempre, e sem as consoantes.

Alguém explica o cérebro dessa quiança japonesa?

#waldorfdecesárea

**

agora sim o bicho pegou — hoje de manhã o otto me abraça e diz “não vai trabalhar não, mamãe, eu quero muito que você fique aqui comigo”.

ME DIGAM COMO PROCEDER PRA NÃO LARGAR O SELVISSO?

(no caso eu expliquei que voltava no fim do dia, pedi um beijo e abraço bem apertado — e ele deu –, ofereci uma banana de café da manhã, e ele aceitou e me deu tchau)

**

Juro que queria entender o cérebro das crianças — mostramos pro Otto o curta do robô que vem junto com Wall-e (a contragosto, ele não quer ver nada novo). Passou o curta todo reclamando e no final começou a chorar, dizendo que não queria ver e que estava com medo (!). OK, tiramos, acabou.

“Vamos ver de novo o do robô que conserta?”

Sim, o que ele acaba de dizer que não queria e que estava com medo.

Estamos na repetição #4.

**

Totalmente opinião, achismo mesmo, mas quanto mais observo problemas de cuidadores e crianças que não comem mais acho que a chatice de algumas crianças pra comer tem 2 causas somente (às vezes combinadas):

1) mau exemplo — a criança observa os seus sendo chatos (ou seja “não gosto disso, não como aquilo”) e imita (incrível como as pessoas não se tocam disso)

2) queda de braço — a criança percebe que comer/não comer é uma questão excessivamente importante para os que cuidam dela e usa isso como arma, afinal é uma das poucas situações em que ela pode estar 100% no controle

**

Otto aprendeu a dar “beijo de cachorro” e agora somos contemplados com lambidas na bochecha. DILIÇA.

E hoje pela primeira vez ele (depois de me “roubar” um abraço), comemorou com dancinha e NÃ-NÃ-NÃ-NÃ!

Depois a gente aperta e morde e chamam o conselho tutelar 🙂

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sei que tem quem curta muito bebês (não é meu caso), e talvez ache estranho o que vou dizer, mas quanto mais o otto cresce mais legal fica e mais eu amo esse ogrinho.

já disse uma vez que o amor não-verbal dos nossos filhos, o contato físico, é uma das coisas mais lindas e intensas que já senti. mas confesso, analítica que sou, que o domínio da fala pela criança é um marco excepcional, que muito me toca e faz feliz.

hoje, por exemplo, eu disse pra ele “te amo, gatão!” e ele respondeu “e você é uma mamãe muito especial pra mim!”.

tem como não derreter numa poça de purpurina e morrer de amor?
<3

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Desde que me lembro (e não me lembro de crer ou não em Papai Noel) Natal é sobre estar junto, preparar e repartir aquela refeição especial com pessoas que eram também especiais.

Houve anos em que as pessoas não eram tão especiais, e me ressenti muito. Num ano específico, cuja comemoração foi um completo desastre pra mim, decidi que nunca mais passaria nenhum Natal sem pessoas que eu amo ao meu lado.

De certa forma essa foi uma decisão em relação ao Natal que se estendeu para a vida desde então — não admito mais me cercar de pessoas que não me fazem bem, nem de situações que me incomodam. A vida é curta, os dias passam como furacão, não posso me dar ao luxo de ser infeliz ou me privar da companhia dos que eu amo.

Natal não é sobre consumir (comida ou presentes), pra mim. É sobre dividir e compartilhar a vida. Os presentes são só um detalhe (divertido, eu confesso. Adoro!), importante é a presença.

Sobre Papai Noel não sei se vou ensinar ao Otto, mas sobre a importância de estar entre os que a gente ama pra dividir uma boa refeição eu tenho certeza que vou 🙂

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Hoje fomos a um pic-nic organizado pela Mawá, Weno e amigos, e tive a experiência mais curiosa: as pessoas chegavam para cumprimentar O OTTO, dizendo coisas como “oi, Otto, você não me conhece mas eu conheço você! Você é uma webcelebridade!”

=O

E eu subitamente virei A MÃE DO OTTO, que todo mundo conhece e adora e quer tirar foto junto.

Morremos de rir com a modernidade e o inusitado, e também com a não-vocação do menino para o sucesso, já que ele recusou beijos, abraços e conversas com basicamente todo mundo e só foi simpático com os amigos que ele conhece e ama.

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[dezembro] O Fer  chegou da rua cheio de amor — pão de semolina quentinho e coxa creme pra nós (Otto já almoçou). Mas não contava com o ataque do ogro, que decretou que a coxa de brontossauro era dele. Dançou, papai (a minha eu comi mais que rápido :D)

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Uma coisa interessante que percebi — eu falo bem sério com o Otto (tom) e às vezes funciona, às vezes não. Mas quando eu estou realmente preocupada com a segurança dele, algo no meu tom de voz se altera e ele me obedece imediatamente.

Perguntei à minha mãe — “você sempre teve essa ‘voz de comando’! Como faz isso? Dá pra treinar?  Eu só faço sem querer.”

Resposta dela: “tenha 3 filhos e a voz de comando vem naturalmente, hahahhahaha”

**

Otto hoje tava tão mala de manhã que nem comer quis — almoçou 2 pães sírios e sorvete de banana. Deixei, sou contra insistir pra comer, acho que a fome sempre resolve o problema (nunca soube de criança que morreu de fome voluntariamente).

Depois da soneca da tarde comeu mais sorvete com o Fer, os dois são viciados.

Agora no jantar, então, eu já estava esperando o ataque dos vermes malditos: comeu 2 pratões de arroz integral, feijão, carne com abobrinha, e um prato bem bom de salada de cenoura, beterraba, pepino e coalhada. E DUAS mangas. E agora, 15min depois, quer banana.

A lombriga se ressentiu do almoço espartano, suponho.

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November 26, 2013 · Leave a Comment

Fer tentando acordar o menino da soneca, delicadamente. Menino replica:

“Você para de falar, por favor, para?”

Ele parou, né 🙂

**

Sábado, dia de estar com a família, certo?

Na livraria cultura: “mamãe, vamos sair? Tem muita gente aqui”

“Otto, olha que legal a moça embrulhando o livro!” “Não achei nada legal!”

“Otto, experimenta isso aqui que tá delicioso” “Ah eu não acho isso NADA delicioso!”

OLHA.

**

A rotina aqui de segunda a sexta é sempre assim: levantamos 6:50, eu vou pro banho e o Fer tem a tarefa inglória de acordar e arrumar o Otto pro café da manhã. Comemos, e às 7:40 levo o Otto pra escola, depois vou pro trabalho.

Simples, se o Otto acordasse, quisesse colocar a roupa, concordasse em sentar pra comer, entrasse no carro e ficasse na escola numa boa. Alguns dias todos os passos dão certo (raro), alguns dias todos dão errado (mais frequente do que gostaríamos) e tem os outros dias todos.

Hoje o Fer foi acordar o Otto, e no meio da resistência de sempre ele simplesmente fugiu da cama, chorando, e foi pro meio da casa (e o Fer atrás) — “eu quero dormir!!!”.

Olhou em volta com carinha de perdido e perguntou pro Fer “onde eu tava dormindo?!”, “ali naquele quarto, Otto”. Resmungando, ele voltou pro quarto e se enterrou na cama, carinha escondida no travesseiro.

Foi nessa hora que o Fer foi conversar comigo no chuveiro, num misto de riso e pena, pra avisar: “ele não vai pra escola, tá? 

Saí do banho e fui deitar junto com os 2 um pouco antes de sair. Eu sei que a rotina é importante, e que ele devia ir pra escola (quanto mais abrimos exceção, pior fica o esquema). Mas o sorriso dele quando eu deitei ali juntinho e ele me abraçou, aquele corpinho gordinho e gostoso…

Segunda a gente tenta de novo, vai.

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E como se não fosse o suficiente a história da canção da Lilo, Otto me “ensinou” hoje a cantar aquela musiquinha do “Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho… Voou, voou, voou, voou!”

Ahhhhh eu não aguento essa fase das músicas, gente! É muito amor, vou explodir!

 <3 <3 <3

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(Essa é pra quem viu Lilo & Stitch)

Otto quis deitar comigo na rede, e me fez sentar de frente pra ele, como fazem as irmãs no filme, enquanto falam sobre OHANA.

Quando comecei a balançar, ele começou a cantar (com uma letra inventada) a melodia que a irmã maior canta, PERFEITA, e com as mãos fez os gestos de jogar as flores ao vento! E ainda diz “vão lá pras estrelas”.

Derreti e virei uma poça de purpurina!

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“Mamãe, eu quero mais daquela castanha que tem que morder MUITO FORTE pra comer!” = Amêndoa 

(Comendo quantidades industriais. O moleque só gosta de coisa boa e cara, tou ferrada)

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“O que você quer de sobremesa, Otto?”

“SALADA!”

E tá aqui batendo mais um pratão depois do macarrão.

Tenho medo dessa adolescência, confesso.

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Fui pegar macarrão na despensa pra preparar pro Otto, que me pediu pra comer e desde então tá me perseguindo. Desastrada que sou, derrubei uma meia dúzia de macarrões no chão, e pedi ajuda:

Eu: “Otto, pega pra mamãe os macarrões que caíram no chão, por favor?”

Otto: “Pode deixar que eu COMO ELES TODOS pra você, mamãe!” E aí comecei a escutar aquele barulho de mastigar coisas crocantes, característico.

<o> Não sei o que é pior — ele comer coisas que caíram no chão com tanta naturalidade ou amar comer macarrão cru.

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Hahhahahahahahha! Otto vê gente entrando no mar em pranchão, pergunto: “o que eles vão fazer, Otto?”

“Eles vão PRANCHAR!” 😀

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inclusive espero que minha dificuldade em me manter séria em momentos críticos de chilique do meu filho não impeça o progresso da educação da criança, porque eu tenho SÉRIAS dificuldades em me manter séria enquanto ele chora e argumenta comigo sobre porque não é possível colocar uma camiseta.

resumindo, eu caio na gargalhada em situações em que eu deveria ser a mamãe-séria-dando-bronca.

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(durante uma viagem minha ao Chile…)

Update sobre menino Otto: depois do episódio de vômito inédito e sem explicação aparente*, dormiu e acordou ótimo. Foi pra escola, tudo direito até o momento.

Ufa.

(*) Ele comeu montes de cenoura crua imediatamente antes do evento. E ele come feito pernalonga, sem mastigar muito. Teve um acesso de tosse, voltou um pouco e aí… Gag reflex.

Ah, o lindo mundo da mater/paternidade.

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O Fer tava limpando a piscina, enquanto Otto brincava. Quando acabou, pulou na piscina de camiseta e com a bermuda que é daquelas de praia mesmo.

Eu não consigo explicar pra vocês a indignação do Otto quando viu o pai “de roupa” na piscina. Ele ficou até gago de tão chocado, coitado, hahahhahaha 

O que fazer com uma criança naturalmente tão “certinha”? Esse menino vai sofrer muito na vida, afe.

… Aí a mãe também entra de roupa na piscina e explica pro menino que não tem problema, que roupa a gente lava!

Levaremos o caos pra vida desse menino nem que seja na marra!

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Todas as fotos do Otto ele tá imundo e com as unhas sujas, impressionante!

#mãedecesárea

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Hoje percebemos que o Otto não tinha bonequinhos, resolvemos comprar alguns. Escolhemos 5 bonecos Playmobil: 2 guerreiros, 2 fadas com flores e bichos, e 1 cuidadora com um macaco (e uma mamadeira).

Ele gostou de tudo, mas se apaixonou pela cuidadora e o macaco, e agora só quer dar mamadeira pro macaco <3

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Cometi um erro primário — depois de banho tomado é dente escovado deixei o menino ir buscar um boneco “pra dormir”. Ele volta da COZINHA com DUAS ESPIGAS DE MILHO.

Está nesse momento comendo a segunda, e eu aqui esperando pra escovar o dente de novo! <o>

(Viu o que acontece quando você sai, Fer?)

E logo depois de devorar 2 espigas de milho enorme, prontinho pra dormir, vocês acham que aconteceu o quê?

(Uma nota, maestro Zezinho)

Sim, cocô megamaster.

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isso.

A parte mais bonita e interessante IMHO de se tornar pai/mãe é exatamente isso: menos foco no EU, e todo um aprendizado de pensar em NÓS.

O exercício da dominação do ego (que considero essencial a todos que pretendem ser seres humanos melhores) é muito mais intenso quando se tem filhos. A empatia aumenta e também a apreciação pelo processo complexo de formação de um ser humano decente. Não é moleza, mas ensina muito.

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Criança de menos de 7 anos com “lição de casa” e “agenda”? SOY CONTRA. Tenho absoluta confiança no desenvolvimento intelectual e lógico da criança somente através do brincar. E mais importante que tudo — quero criar uma criança feliz, que saiba como ser feliz. Problemas de dinheiro são facílimos de resolver; problemas de felicidade e ansiedade não são.

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Depois de DUAS HORAS tentando fazer o menino dormir (sem sucesso), simplesmente desisti. Avisei — “vou sair e jantar. Você fica aí que eu volto depois”.

20min depois, creio que ele está dormindo, porque não chamou. Mas não volto pra conferir NEM A PAU.

#mãedecesárea

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hoje fiquei em casa trabalhando, pra poder pegar o otto na escola. ele dormiu quando chegou, acordou agora, me viu e veio dar oi todo feliz “eu gostei muito da mamãe aqui hoje!”

  <3 <3 <3

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hoje o Fer tá fora o dia todo, e eu fui buscar o Otto na escola (normalmente é ele quem vai). aí achei que devia explicar:

eu: “otto, hoje a mamãe que veio te buscar porque o papai tá trabalhando em SP, viu?”
otto: “mas por que ele não pode trabalhar em casa hoje?”
eu: “porque ele precisa ir pra uma reunião!”
otto: “mas por que ele não pode fazer a reunião EM CASA?”
eu: “porque ele precisa encontrar as pessoas assim, cara a cara, entende?”
otto: (não se convenceu)

conclusão: ele é uma criança moderna, que já se acostumou com o esquema de conference call, pai e mãe fazendo reuniões virtuais com frequência. será que estamos diante de uma geração que vai achar DIFERENTE trabalhar fora de casa? quiçá!

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Hoje ele tava uma figura lendo história antes de dormir (mas não sem antes nos infernizar durante o banho, jogando água pra todo lado).

Quando comecei a ler a história do saci (ele AMA o saci, não enjoa), ele pergunta pela milésima vez: “quantas pernas tem o saci?”. “Uma, Otto”. “Mas POR QUE ele tem uma perna só?”

(Surpresa pra nós! Ele até hoje só tinha questionado COMO, nunca POR QUE)

E justo pra essa eu não tenho resposta. “Não sei, Otto! Mas ele parece bem feliz com uma perna só, né?” — “É!”

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A história do Lobisomem (que ele não quis ler ainda) começa com um uivo, “Aaauuuu!”. Ele ficou olhando, e perguntou “o que tá escrito aqui?”. “É um uivo, assim — aaaauuuuuu!”, imitei. Ele riu, achou o máximo. “Mas tem muito U e muito A aqui né, mamãe?” 

Eu até quis explicar sobre onomatopéia, mas achei cedo demais 🙂

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vocês que não têm filhos, acreditem: é EXATAMENTE ASSIM. vocês que têm e já passaram dessa fase — lembram que delícia? (NOT). pra nós, que estamos passando por isso, só muita VODKA, gente, porque olha…

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Otto tem apenas 3a2m e já é melhor que eu em pelo menos uma coisa, vejam vocês:

Molhava as plantas com ele, e sem querer espirrei água demais, molhei o menino também, que reclamou.

Eu: “Ih, Otto, calculei mal! Não queria te molhar, desculpa.”

(Silêncio.)

Eu: “tudo bem, Otto? Desculpa a mamãe?”

Otto: “Desculpo. Mas eu NÃO gostei!”

Ahhhh! <3

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Hoje resolvemos fazer um churrasco aqui só pra nós, o Fer foi buscar picanha e linguiça, eu fui preparar as saladas. Colocamos a mesa com vários tipos de salada, e enquanto o Fer preparava a carne, o Otto pegou seu prato, serviu alface, repolho, beterraba, cenoura, brócolis e chuchu, colocou o molho de coalhada, pegou os talheres, sentou sozinho e começou a comer! 

Quando a picanha ficou pronta ele acabou comendo mais que eu (“quero mais dessa carninha!”), além do pãozinho de alho e linguiça pra acompanhar 

Comeu bem como sempre, mas hoje achei graça do nosso mocinho de 3a2m se servindo, sentando e comendo sozinho, tão independente!

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Eu: “Otto, quer comer uma coisinha antes de ir pra casa?”

Otto: “Ahhhh… Eu gosto de comer uma coisinha, sim!”

Hahhahahhahaha <3

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apanhado do facebook: agosto

August 26, 2013 · Leave a Comment

o otto tá cada dia mais engraçado, e nessa fase de usar todas as palavras que a gente usa, matando a gente de rir.

essa semana a maria levou ele pra passear em um dos parquinhos do condomínio, e ele queria brincar em um brinquedo que estava sendo consertado. o moço da manutenção explicou pra ele que não dava pra brincar naquela hora, que a tinta estava secando.

alguns minutos depois, ele volta pro moço da manutenção e fala: “você pode VERIFICAR se a tinta já secou?!”

 

**

3 anos do meu menininho hoje \o/

Não tem preço a carinha dele hoje cedo, sorrindo e me falando “hoje é meu aniversário, né?”  

Cantamos parabéns, felizes, com 1 cupcake no café da manhã, e hoje na escola dele tem música, coroa e parabéns.

E é meu aniversário como mãe também, papel que ainda não me serve direito, como uma roupa que não estamos acostumados a vestir.

Esse misto de amor, cansaço, felicidade e saco cheio é uma maluquice. Pra quem queria a experiência antropológica da maternidade, acho que o objetivo está 100% cumprido, e de quebra ganhei um amor maior que o mundo e que cresce a cada dia, inexplicavelmente.

 

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apanhado do facebook: para não perder (Fev-Mai)

May 26, 2013 · Leave a Comment

percebi que falo muito sobre o Otto no facebook, coisas engraçadas ou insights sobre maternidade de forma geral que cabem muito bem aqui, então estou compilando mês a mês, e resgatei esses posts para não esquecer 🙂

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[maio] Hoje o Otto deixou a gente tomando café na cozinha e sentou no chão do quarto pra “ler”. Ficou lá sozinho, “lendo”, feito um ser humano e não essas criaturas de outro planeta que são as crianças pequenas.

Não sei explicar direito a emoção de ver uma criaturinha desse tamanho com um livro no colo, “lendo”.

<3 <3 <3

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[may] Otto, 2a8m, aprendendo a se virar: queria diminuir a intensidade do ventilador e não lembrando da palavra, pede pra tia Paula — “desaumenta o vento por favor?” 

Boa sexta!

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[abril] Tenha filhos e se sinta desprezada a partir dos 2 anos de idade da criatura: oFernando viaja pra SP, fica MEIO DIA fora e ele pergunta do pai. Eu saio do país por 4 dias, adivinhem quantas vezes ele perguntou de mim?

(cri-cri)

Ainda bem que não entrei nessa de ser a mãe-necessária-dedicada-100% senão nessa hora ia cortar os pulsos com a faquinha de bolo pullmann.

(Mas que é um moleque ingrato isso é :D)

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[abril] hoje o otto (2a7m) perguntou um POR QUE pela primeira vez  ele já pergunta “o que é” e “como é” faz um tempo, mas “por que” eu não tinha ouvido ainda.

“mamãe, por que o carro da frente tá piscando a luz?”

achei tão lindo que já expliquei todo o código de trânsito pra ele 

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[fevereiro] Eu compartilho fotos do Otto comendo porque é muito gostoso ver como ele se alimenta com gosto. Ele se diverte e gosta muito de comer. Não tenho “orgulho” dele comer bem e de tudo, porque acho que isso é inato, pelo menos a maior parte.

Mas tenho sim muito orgulho de proporcionar pra ele uma vida com hábitos alimentares bons e divertidos, podendo comer absolutamente tudo, pegar fruta no pé, experimentar temperos, legumes e verduras tiradas da terra. Poder levar uma vida junto à natureza, brincando no mato e na terra é mérito nosso sim, por ter feito essa opção.

Não me arrependo nem por 1 segundo de ter vindo morar no interior. A gente merece uma vida melhor, mais próxima da natureza, e o Otto também.

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