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Virá, que eu vi

July 26, 2016 · Leave a Comment

A gente tem um problema do meu lado da família, que é grave: tudo lembra alguma música. Qualquer frase, pergunta, colocação, evoca alguma música relacionada (direta ou indiretamente) com o tema ou a frase, palavra. E quando a gente lembra de uma música a gente pre-ci-sa cantá-la, certo?
É meio que a maldição do musical involuntário — a tia fala “olha que lua linda hoje…” e algum de nós puxa ~ LUA DE SÃO JORGEEEE / LUA DELIRANTEEEE ~
(Essas situações são muito menos constrangedoras nos filmes)
Otto hoje disse que ia me chamar pra dormir com ele de madrugada (sempre chama, sempre vou <3), perguntou “você vem?” e eu, amaldiçoada, respondi com um “venho, a mamãe sempre vem…” e, ops: ~ VIRÁ QUE EU VI ~ e já emendei a canção toda.
O menino riu RIU RIU de ficar com soluço e me fez repetir mil vezes. Amanhã eu mostro esse vídeo e se tudo der certo ele amará um pouco mais o quarteto.
(Deve ser assim que a gente passa a maldição adiante, suponho?)

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Pega eu

July 26, 2016 · Leave a Comment

Reli um postantigo daqui a respeito de como eu pessoa humana me sinto sobre os diversos chapéus que vestimos nessa vida (mãe, profissional, mulher e tals) e rolou uma pequena discussão porque uma leitora declarou estar “cansada das minhas certezas” e que agora que eu estava expressando dúvidas ela estava achando legal e mandou um “bem-vinda ao clube”. No caso o “clube das mães”.
Achei o comentário imbecil em várias dimensões. Vou elaborar, senta aí.

A primeira é a postura de superioridade que às vezes se adota quando se é mãe. Desde quando ser mãe torna alguém melhor que outra pessoa não mãe? De repente você se torna uma versão melhor de você mesma, ok, mas convenhamos que se você for uma idiota isso não vai necessariamente deixar de ser verdade.

Segunda: Ela me “aprovou” pra entrar no clube, pessoal. Porque esta pessoa se sente no direito de me “dar aval”, afinal ela foi mãe-antes-de-mim (veterana? Estamos na escola?) e é MÃE DE DOIS (vocês ouviram anjos cantando? Já repararam que o número de filhos parece condecoração de exército? “Você tem um filho só? Ahhh não sabe de nada…”). Não, gata, você não é melhor nem “sabe mais” sobre maternidade porque tem mais filhos.

(Por que essa competição sobre quem é mãe “melhor”? 6 anos na função e ainda não entendi)

Terceiro, o clube. Olha, tem pouca coisa nessa vida que eu odeie mais que clubes, panelas, “coletivos” (socorro) e tudo que gira ao redor disso. Não participo nem de clube de livro. Odeio regras. Eu mudo de ideia, eu me contradigo e eu repenso tudo que já disse, por diversão. Fiz parte de uma associação e comprovei que é só na diferença e no respeito genuíno que as coisas florescem.

Eu meio que mandei ela enfiar o clube e a opinião a meu respeito no próprio cu. Fui um pouco menos grossa, sei lá porque, mas foi isso.

(Sabe o que é divertido? Essa moça do comentário criou um clubinho mesmo :D)

Quarto: por que incomoda tanto as pessoas a gente ser segura, auto confiante? Aliás, seja feliz e expresse sua felicidade abertamente e você conhecerá o ódio das pessoas contra você. As pessoas odeiam gente segura e gente feliz. Se você estiver insegura, triste e/ou reclamando vai ter um monte de gente pra mandar mensagem “edificante”. Nenhuma delas vai te emprestar dinheiro, lavar sua louça ou te levar pra passear, tá? Elas vão fazer cara de dó e te dar conselhos inúteis, basicamente. Parece que ser miserável deixa as pessoas que observam bastante satisfeitas.

Duvida? Repara quais posts seus dão mais IBOPE. Repara quão poucas são as pessoas que se alegram com sua alegria e botam a mão na massa quando o bicho pega.

Sou segura, confiante, me amo e me valorizo, pega eu. Mas pega MESMO, hein? 😉

(E me inclua fora dos clubes. Só gosto do clube do livro não ortodoxo, melhor clube <3)

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